O
Cristianismo é um princípio de vida de origem divina. Ele é, num sentido geral,
a continuação do que é conhecido como Judaísmo, isto é, a síntese dos
ensinamentos que Deus confiou ao mundo por meio dos profetas hebreus. O
cristianismo e o judaísmo, a rigor, não são duas religiões, mas uma só, que
teve a mesma origem e causa. A única diferença entre ambos é o cerimonial
típico de sacrifícios que eram praticados pelos judeus e que tiveram
cumprimento no sacrifício de Jesus, para o qual aqueles sacrifícios apontavam.
Vindo
o verdadeiro sacrifício, que era simbolizado por aqueles, não se faziam mais
necessários os ritos simbólicos, como os holocaustos, festas cerimoniais e a
circuncisão, dentre outros. Os judeus rejeitaram o Messias revelado nas
Sagradas Escrituras e foram rejeitados por Deus como o Seu povo peculiar,
rejeição consumada no ano 34 com o apedrejamento do diácono Estêvão (Atos
6:8-15 a 7:1-60). A partir desta ocasião o Evangelho começou a ser pregado a
todo o mundo.
O
Cristianismo sintetiza os ensinamentos de Jesus Cristo de amor a Deus e ao
próximo. Pelo Seu sacrifício, a humanidade foi restabelecida à comunhão com
Deus, que tinha sido rompida pelo pecado, no Éden. Jesus é a verdadeira e única
religião, o único caminho, a religação com o Céu, por meio do qual unicamente o
homem pode ser restabelecido à comunhão e ao favor do Pai.
Jesus
é, portanto, a escada ou a ponte para o Céu, a única ligação possível da humanidade, com Deus. No entanto existe
na Terra um poder, o qual é objeto do presente estudo, que se arroga esta
condição e procura usurpar a prerrogativa que somente Jesus pode ter. Esse
poder se autoproclama a suprema ponte, reivindicando o título de Sumo
Pontífice, que herdou do antigo paganismo romano.
Portanto,
somente através de Jesus o homem novamente pode ter direito à vida eterna, pois
Ele venceu o poder da morte, à qual todo ser humano estava subjugado. O retorno
à vida, pela ressurreição, ficou assegurado pelo Criador, com a oferta
representada pelo sacrifício da cruz.
Jesus
disse de si: “Eu sou o primeiro e o último; e o que vivo e fui morto, mas eis
aqui estou vivo para todo o sempre. E tenho as chaves da morte e da sepultura”;
“Eu Sou a ressurreição e a vida; quem crê em Mim, ainda que esteja morto,
viverá”; “e Eu o ressuscitarei no último dia”; “Eu sou o caminho, a verdade e a
vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Apocalipse 1:17- 18; João 11:25 e
6:40, 44; 14:6).
O
mesmo Jesus afirma claramente: “Quem ouve a Minha Palavra, e crê nAquele que Me
enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte
para a vida”. Ele diz, ainda: “os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os
que a ouvirem viverão. Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que
todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. E os que fizeram o bem
sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição
da condenação” (João 5:24-25 e 28-29).
Esta
é a essência do Cristianismo. Unicamente pela fé em Jesus Cristo e pela
aceitação do Seu sacrifício é que o homem tem o direito à vida eterna. Não
existe mais nada, nenhuma coisa, nenhum homem, nenhum outro nome que possa
substituir ou contribuir com o que Deus estabeleceu para a salvação do homem.
Pedro, falando de Jesus, a pedra posta por cabeça de esquina como fundamento da
Igreja, afirmou: “Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu
nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos
4:11-12 e I Pedro 2:4-7).
E
Paulo escreve: “Todos estão debaixo do pecado, não há um justo, nem um sequer.
Não há quem faça o bem, não há nem um só. Porque todos pecaram e destituídos
estão da glória de Deus” (Romanos 3:9-10, 12 e 23). O mesmo apóstolo, inspirado
pelo Espírito de Deus, completa: “Sendo justificados gratuitamente pela Sua
graça e pela redenção que há em Cristo Jesus”, “sendo, pois justificados pela
fé, temos paz com Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo”. “Porque o salário (ou
consequência) do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna,
por (através de) Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 3:24, 5:1 e 6:23).
Isto
é o Cristianismo. Todo ensino, filosofia ou doutrina contrária a estes
princípios, que visem modificá-los, alterá-los ou mesmo aperfeiçoá-los, tem
origem no inimigo de Deus e de Jesus Cristo e podem ser rotulados, sem nenhuma
dúvida, de anticristianismo.
A
maior prova de que a fé de alguém é genuína é a revolução que acontece em sua
vida, quando conhece a Jesus e aceita o Seu sacrifício. Quando abraça a Jesus
Cristo pela fé, a pessoa é transformada. Um poder superior modifica os seus
hábitos, pensamentos e ambições. Este poder santificador é a influência do
Espírito Santo, que modela o caráter à semelhança do caráter do Mestre, a Quem
desejará imitar.
Então,
o que era impossível, passa a ser uma realidade em sua vida: vencer as
tentações, desejar naturalmente fazer o bem até mesmo para quem lhe faz o mal,
afastar-se do erro, amar os inimigos, pagar todo mal com o bem e outras coisas
que ao homem natural é impossível fazer. Estará vivendo aqui mesmo na Terra, os
princípios do reino de Deus, do qual se tornou um cidadão. Estará praticando a
lei do amor e da caridade – escrita em seu coração -, habilitado para o Céu.
Por gratidão e amor a Deus obedecerá voluntariamente a todos os Seus princípios
e mandamentos. A graça está em seu coração e a salvação o alcançou. Este é o
Cristianismo, a verdadeira religião, o reencontro com Deus.
Concordo plenamente!
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