Vale de Hinom, que no passado serviu de ilustração e exemplo para o "inferno", o lago de fogo descrito na Bíblia |
A DESTRUIÇÃO DO PECADO E DOS PECADORES
Qual é o real significado da palavra “inferno”?
A Bíblia Sagrada revela ou confirma a existência de um lugar de tormento
perpétuo, onde pessoas serão jogadas para queimar por toda a eternidade por
causa de seus pecados não perdoados, num sofrimento horrendo e sem esperança? É
este ensinamento cristão ou está ele em harmonia com o caráter do Criador e os
Seus princípios de justiça revelados nas Sagradas Escrituras?
A resposta clara, firme e direta para estas
perguntas é: não! Não existe tal lugar no Universo e a Palavra de Deus
não ensina isso e nem sanciona esse pensamento monstruoso, totalmente contrário
ao caráter misericordioso e longânimo do Pai Celestial, cuja benignidade é para
sempre. Então, como explicar os inúmeros textos que fizeram esta doutrina
satânica prevalecer por tanto tempo e sobre tantas religiões e pessoas? Como e
quando e por quem foi ele criado, e qual o seu objetivo?
Para que este tema seja devidamente
compreendido é necessário que se busquem as suas origens e que se estude a
maneira como foram elas inseridas nas Sagradas Escrituras.
Os textos originais do grego e hebraico do
qual a expressão “inferno” foi tirada têm significado completamente diferente
do sentido que foi dado por tradutores e intérpretes, que assim o fizeram por ignorância
ou por interesse. Este breve estudo pretende esclarecer as principais causas, o
propósito e consequências desse tema que tem enchido de terror, angústia ou
incredulidade incontáveis multidões ao longo dos séculos. Antes, as expressões
originais que deram origem a esse equívoco. São as palavras Geena e Hades.
A primeira destas palavras traduzida por
inferno é o termo hebraico Geena, do original “Gei-Hinnom”,
que originalmente fazia referência a um vale nos arredores de
Jerusalém e que quer dizer “Vale do filho de Hinon (Jeremias 7:31). Esse é o
lugar onde era jogado o lixo daquela cidade. Ali eram lançados os detritos e
dejetos orgânicos de uma cidade de milhares de
habitantes. Além do lixo eram lançados no local os corpos de animais, e os cadáveres
de indigentes e de malfeitores, considerados indignos de um
túmulo memorial.
As modernas usinas de tratamento e reciclagem
de lixo que
existem hoje nas grandes cidades anulam o problema
sanitário que certamente existia naquela época e que eram resolvidos pelos
métodos de que podiam então dispor. Estes métodos resumiam-se praticamente na
utilização do fogo, que era de contínuo alimentado pelo enxofre. E o fogo que
queimava tudo isso, ardia de dia e de noite, continuamente.
Constantemente, diariamente, eram ali
atiradas toneladas de lixo e detritos orgânicos que estavam sempre em
combustão. Era um local que serviu de exemplo e ilustração para pregadores –
entre eles Jesus e profetas – fazerem referência ao fogo que no fim dos tempos
irá consumir todos os pecadores não arrependidos. Era um local
compreensivelmente evitado pelas pessoas.
Certamente que aquela era uma fogueira
impressionante, que nunca apagava, pois estava sempre sendo realimentada. Ela
foi colocada como um tipo do fogo eterno, isto é, o fogo que queimava o lixo para sempre ou
eternamente. Este é o sentido das palavras olam,
do hebraico, e aión ou aiónios, do grego, de onde foram
traduzidas as expressões mencionadas, dando a elas o
referido sentido de perpetuidade.
Ora, se tomarmos uma folha de papel, um pedaço de madeira ou o cadáver de um animal e lhes atearmos fogo, o que lhes sucederá? Após consumirem as chamas toda a sua estrutura certamente ele terá sido queimado para sempre ou eternamente. Assim é o sentido das palavras traduzidas por aqueles vocábulos. Queimam para sempre, ou seja, duram enquanto há matéria ou combustível para queimar. Esgotando-se este combustível, ou a matéria, deixam de queimar, são destruídos, queimados para sempre. Jamais poderão voltar a existir e nem continuarão a queimar indefinidamente.
Aquele fogo “olam” que queimava para sempre nos arredores de Jerusalém e que, pelo texto literal, nunca se apagaria, não existe mais há séculos. O vale do filho de Hinon, que era um terreno árido, transformou-se, adubado pelos detritos orgânicos, num vale fértil, quando a grande fogueira deixou de arder e atualmente é um bonito e aprazível lugar conhecido por Uádi er-Rababi.
A expressão Geena foi registrada em inúmeras passagens para representar este fogo que nunca se apaga. As cidades de Sodoma e Gomorra foram colocadas, por exemplo, como símbolo do fogo eterno, como está escrito:
“Assim como Sodoma e Gomorra, e as
cidades circunvizinhas, que, havendo-se corrompido como aqueles, e ido após
outra carne, foram postas como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno (Judas
7).
É absolutamente certo e sabido que aquelas
cidades, destruídas pelo fogo, hoje não queimam mais. O fogo que as destruiu
foi apagado há milênios, após cumprir o seu propósito e objetivo de
destruí-las. Também a cidade de Jerusalém foi colocada como exemplo desse fogo
eterno, como se vê da advertência que O Senhor lhe enviou, através do profeta
Jeremias:
“Mas, se não Me derdes ouvidos,
para santificardes o dia de sábado, e para não trazerdes carga alguma, quando
entrardes pelas portas de Jerusalém no dia de sábado, então acenderei fogo nas
suas portas o qual consumirá os palácios de Jerusalém, e não se apagará”
(Jeremias 17:27).
Sendo a advertência ignorada, foi a sentença então cumprida:
Sendo a advertência ignorada, foi a sentença então cumprida:
“E queimaram a casa do Senhor, e
derrubaram os muros de Jerusalém, e todos os seus palácios queimaram a fogo,
destruindo também todos os seus preciosos vasos. Para que se cumprisse a
palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus
sábados...” (II Crônicas 36:19 e 21).
O fogo eterno, que pelo texto literal não se
apagaria, realmente se apagou. Entretanto ele não foi apagado enquanto não cumpriu
o seu propósito, enquanto não queimou, para sempre, cumprindo a sentença antes
proferida.
Falando sobre a Nova Terra, a herança dos salvos, no futuro, e sobre a destruição dos ímpios, o Senhor anunciou, através do profeta:
Falando sobre a Nova Terra, a herança dos salvos, no futuro, e sobre a destruição dos ímpios, o Senhor anunciou, através do profeta:
“Porque como os céus novos, e a
Terra nova, que hei de fazer, estarão diante da Minha face, diz o Senhor, assim
há de estar a vossa posteridade e o vosso nome (22). E será que desde uma lua
nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar
perante Mim, diz o Senhor (23)” (Isaías 66:22-23).
Então, fazendo uma comparação ilustrativa com o vale dos arredores de Jerusalém, Ele menciona os que serão destruídos no último dia:
Então, fazendo uma comparação ilustrativa com o vale dos arredores de Jerusalém, Ele menciona os que serão destruídos no último dia:
“E sairão, e verão os corpos mortos
dos homens que prevaricaram contra Mim; porque o seu bicho nunca morrerá, nem
o seu fogo se apagará; e serão um horror para toda a carne” (verso
24).
Ora, o bicho que nunca morre, ou os vermes, proliferavam naquele amontoado de lixo e o fogo nunca apagava porque sempre havia material para ser consumido e o fogo era constantemente reavivado. É interessante notar-se que o texto se refere a corpos mortos e não a almas vivas.
Ora, os corpos sem dúvida desaparecerão depois de completamente queimados. Desta imagem impressiva e tocante serviram-se muitos escritores, repetimos, dela utilizando-se o próprio Salvador, para que aqueles para quem se dirigia Sua mensagem pudessem entender quão terríveis são as consequências da impiedade e os seus resultados certos.
Eis as Palavras de Jesus, repetindo as palavras do profeta Isaías:
Ora, o bicho que nunca morre, ou os vermes, proliferavam naquele amontoado de lixo e o fogo nunca apagava porque sempre havia material para ser consumido e o fogo era constantemente reavivado. É interessante notar-se que o texto se refere a corpos mortos e não a almas vivas.
Ora, os corpos sem dúvida desaparecerão depois de completamente queimados. Desta imagem impressiva e tocante serviram-se muitos escritores, repetimos, dela utilizando-se o próprio Salvador, para que aqueles para quem se dirigia Sua mensagem pudessem entender quão terríveis são as consequências da impiedade e os seus resultados certos.
Eis as Palavras de Jesus, repetindo as palavras do profeta Isaías:
“E, se o teu olho te escandalizar,
lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que,
tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno (47). Onde o seu bicho
não morre, e o fogo nunca se apaga (48)” (Marcos
9:47-48).
A advertência de Jesus sobre o destino certo
dos ímpios e sua eterna destruição foi repetida em outras ocasiões:
“Então dirá também
aos que estiverem à Sua esquerda: apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo
eterno (Geena), preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25:41).
É significativa a contraposição que Ele faz
entre os que receberem o castigo e os que farão jus ao prêmio. E estes irão
para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna (verso 46).
Inúmeros
são os textos das Escrituras que esclarecem que o prêmio é a vida, e o castigo,
a morte eterna. Outros apóstolos reafirmaram essa verdade, a
advertência para quem adorar a besta, e a sua imagem, e receber o seu sinal na
sua testa, ou na sua mão:
“Também beberá este do vinho da ira
de Deus, preparado, sem mistura, no cálice de Sua ira. E será atormentado com fogo
e enxofre diante dos santos, dos anjos e do Cordeiro (10). E a fumaça do
seu tormento sobe para todo o sempre. Não têm repouso, de dia ou de
noite, os que adoraram a besta e a sua imagem, e aqueles que receberam o sinal
do seu nome (11)” (Apocalipse 14:10-11).
E a sentença inexorável será cumprida na condenação
dos desobedientes, como está registrado no texto sagrado:
“E a besta e o falso profeta... e
os mortos que foram julgados (e condenados) cada um segundo as suas obras... e
o diabo que os enganava... foram todos lançados no lago de fogo e enxofre
que é a segunda morte... e de dia e de noite serão atormentados para todo o
sempre” (Apocalipse
19:20; 20:10-15).
Novamente é chamada a
especial atenção para os vocábulos olam e aionios, do hebraico e
do grego, respectivamente, de onde foram traduzidas as expressões para todo
o sempre ou eternamente e a lembrança de que eles trazem
uma conotação de completa extinção. Este é o sentido que lhes dá a Palavra de
Deus, e não o de que permanecerão indefinidamente queimando, para todo o
sempre, num sofrimento sem fim.
Note-se que todas estas referências do Geena encaminham para o entendimento de que se referem ao castigo final, que será aplicado aos condenados e que será executado no juízo final, ou seja, a segunda morte no lago de fogo – morte definitiva, da qual não haverá ressurreição.
Note-se que todas estas referências do Geena encaminham para o entendimento de que se referem ao castigo final, que será aplicado aos condenados e que será executado no juízo final, ou seja, a segunda morte no lago de fogo – morte definitiva, da qual não haverá ressurreição.
A
palavra grega Hades é outro termo traduzido por “inferno”
que tem o seu equivalente hebraico na palavra Sheol.. Ambas possuem o mesmo
significado e se aplicam à sepultura comum da
população. Esta equivalência pode ser constatada ao
se comparar a tradução das escrituras hebraicas para o grego, quando a palavra
hebraica é traduzida sessenta vezes para o termo grego,
dando-lhe sempre o sentido de cova ou sepultura.
Estas palavras têm claramente o
significado de túmulo, e se referem a um lugar subterrâneo, onde se guardam os
mortos, lugar de escuridão e trevas. É o
lugar para onde vão todas as pessoas depois da morte. Tradutores
e intérpretes, ao longo do tempo modificaram o sentido original de sepultura
para a palavra “inferno”, indevidamente utilizada como um local onde
supostamente estão as “almas desencarnadas” ou os “espíritos” de pessoas mortas.
Existem centenas de referências, dentre as quais apenas algumas serão
mencionadas para explicar o seu sentido verdadeiro.
Não há dúvida, pela Palavra de Deus, que a
consequência do pecado é a morte, personificada pela sepultura e
traduzida equivocadamente pela palavra
inferno. Ao serem os remidos resgatados do poder da morte, ou da sepultura ou, nesse
caso, do “inferno”,
cumprir-se-ão as palavras do Senhor através do profeta, repetidas séculos
depois pelo apóstolo, ao se referirem eles à
ressurreição dos justos, na vinda de Jesus:
“Eu os remirei da violência do inferno,
e os resgatarei da morte. Onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde
está, ó inferno (Sheol), a tua perdição? O arrependimento será escondido de meus olhos” (Oséias
13:14).
“Tragada foi a morte na
vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno (Hades), a tua vitória?” (I Coríntios
15:54-55).
As palavras de Jesus não deixam margens a
dúvidas:
“Eu sou o Primeiro e o Último. E o
que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. E tenho as
chaves da morte e do inferno (Hades)” (Apocalipse 1:17-18).
Jesus não quis dizer que Ele tem as chaves do
lago de fogo ou de um lugar de tormentos, mas que tem, sim, as chaves dos
sepulcros, de onde vai em breve retirar os mortos de sua
prisão que Satanás acreditava e desejava que fosse eterna.
“Pois não deixarás a minha alma no inferno,
nem permitirás que o Teu Santo veja a corrupção (decomposição
ou putrefação)” (Salmos 16:10; Atos 2:27).
A tradução da palavra hebraica “Sheol”
utilizada pelo salmista é a mesma da palavra
grega “Hades” usada pelo apóstolo, referindo-se as duas ao mesmo
fato, ou seja, o de que Jesus foi morto, mas que seu corpo não passou por
decomposição na sepultura.
“Pois também eu te digo que tu és
Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja; e as portas do inferno (Hades)
não prevalecerão sobre ela” (Mateus 16:18).
Evidentemente que Jesus estava falando sobre
as portas da sepultura, cuja chave Ele havia retomado com Seu sacrifício na
cruz e que irá abrir no dia da Sua volta a este mundo, em breve, para a ressurreição
dos justos.
São muitas centenas de textos no Antigo e Novo Testamento,
que foram traduzidos por inferno, dando-lhes uma significação que não era o
propósito do Autor das Escrituras. Para entender o porquê desse falso
entendimento é necessário buscar as suas causas, propósitos e consequências.
A causa primária é a
mentira proferida por Satanás ao primeiro casal, no Éden, quando o grande
adversário de Deus atrevidamente contestou as palavras do Criador, quando lhes
foi advertido que se desobedecessem às Suas ordens eles certamente iriam
morrer. Simplesmente isso. Eles deixariam de viver. Satanás afirmou que eles
não iriam morrer se desobedecessem às ordens de Deus,
mas que, pelo contrário, iriam viver em um nível de existência mais elevado,
conhecendo os segredos que o Senhor não lhes revelara.
A Bíblia afirma que o homem é uma alma, uma
alma viva. E que a alma que pecar, essa morrerá (Ezequiel 18:4). E
que o espírito é a fagulha vital que anima e que dá vida a toda criatura. E
que, quando ela morre, esta energia vital retorna à sua fonte, que é Deus, a
fonte da vida. E, mais, que o corpo formado do pó, depois da morte volta ao pó, sua
matéria prima.
Mas ao longo dos séculos e pelo afastamento
do homem dos princípios ensinados por Deus este pensamento foi sendo esquecido.
E a palavra de Satanás prevaleceu sobre a Palavra de Deus. Primeiramente os
antigos egípcios inventaram e divulgaram o pensamento de que a alma é uma
entidade ligada ao corpo e que não pode morrer. Esta crença foi absorvida e
multiplicada por pensadores e filósofos gregos que encheram o mundo com esta
doutrina.
Como surgiu a ideia da condenação eterna e
onde ela se manifestou pela primeira vez? Se a alma não pode morrer e se
existe no senso de justiça um tipo de prêmio ou castigo depois da morte,
surgiu a ideia de lugares de prêmio ou castigo, eternos.
É necessário que se destaque que
esta
ideia não é bíblica, mas que ela remonta às mais
antigas das civilizações, fazendo parte dos cultos babilônicos, persas e
egípcios, entre outros. Juntamente com o inferno, que seria o lugar definitivo
de condenação das pessoas após a morte, surgiu na antiga Pérsia o dogma de um
lugar em que as pessoas ficariam temporariamente purgando as suas culpas,
pagando os seus pecados. Assim, após
um determinado período de tempo nesse purgatório, tempo esse variável de acordo
com os pecados acumulados na vida, a pessoa estaria purificada e apta para o
paraíso.
Com o sincretismo religioso verificado nos primeiros
séculos da era cristã, os princípios do paganismo foram sendo, paulatinamente,
absorvidos por um sistema religioso que se dizia cristão, mas que se desviava
dos límpidos e puros princípios bíblicos e apostólicos. Dentre as doutrinas que
o sistema adotou do paganismo destacam-se a da imortalidade da alma e a do
inferno eterno.
Chegando a obter o poder absoluto tanto o
espiritual, como o temporal e político este sistema dominou soberano por mais
de doze séculos, especialmente nos anos sombrios da Idade Média, impondo sua
autoridade por todos os meios possíveis e imagináveis. Centenas de milhares de
pessoas foram torturadas e mortas e quem se lhe opusesse
estava sujeito às chamas imediatas da inquisição ou às chamas futuras do
inferno, se fosse por ele
excomungado.
A excomunhão era a arma mais temida do poder
papal.
Por meio dela muitos soberanos foram destronados e
perderam os seus reinos. Para manter o seu poder e mesmo ampliá-lo,
estabeleceu-se o dogma absurdo da infalibilidade papal e, através dele, as
doutrinas mais esdrúxulas e anticristãs, como o perdão dos pecados através de
pagamento em dinheiro ou bens para a igreja e para o clero.
Buscou-se dos antigos persas a doutrina do
purgatório, por ser esta bastante cômoda e adequada para os seus propósitos
mercenários. Esta doutrina havia sido estabelecida no ano de 593 pelo papa
Gregório I. Mas, entrando em cena as vendas das indulgências e das relíquias de
santos, o que enriqueceu sobremaneira a igreja e os seus prelados, foi ela
proclamada como um dogma pelo concílio de Florença, no ano de 1439. Por
determinada quantia a pessoa tinha sua pena de purgatório diminuída ou mesmo
cancelada. As indulgências plenárias tinham o mérito de perdoar toda a dívida
do pecador, livrando-o de até milhões de anos das chamas do purgatório ou mesmo
do inferno.
Todos queriam se livrar das
temidas chamas espirituais, a si e a seus parentes, e
não mediam esforços para comprar estes favores dos quais a
igreja se
dizia depositária. Em lugar da Bíblia Sagrada,
proscrita, a verdade que imperava era a vontade de bispos e padres e a mais
baixa superstição que escravizava o sentimento popular.
Quanto mais terríveis eram apresentados estes
tormentos, pela igreja de Roma, mais as pessoas se apressavam e se esforçavam
para deles se livrar, não medindo sacrifícios para adquirir, por dinheiro, a
garantia do seu livramento.
Ora, este estado de coisas foi que deu motivo
à reforma luterana. Entretanto, alguns princípios enraizados ao longo de tantos
séculos, permaneceram até mesmo entre os reformadores e aqueles que os
acompanharam na separação da igreja de Roma. Tudo isto teve os seus reflexos,
inclusive na tradução dos originais hebraicos e gregos das Escrituras. Muitos
textos de difícil compreensão e de interpretação dúbia foram traduzidos
levando-se em conta os princípios antes aceitos, entre eles o da imortalidade da
alma, ainda que errado.
Originalmente
Sócrates a havia adotado,
depois de uma viagem ao Egito. Ele a ensinou ao seu mais ilustre discípulo,
Platão, que a aperfeiçoou, ensinando-a ao seu principal aluno, que se
transformou no maior de todos os defensores da imortalidade da alma. Todos estes sábios
pertenciam a um povo pagão e a uma civilização politeísta e idólatra. Esse
ensinamento não é da Bíblia e nem veio de Deus. Sua origem vem do grande
apóstata.
Desde os tempos de Jesus essa doutrina já se enraizara entre os
judeus. Filon de Alexandria, judeu que adotou a filosofia
grega, foi quem associou a filosofia dos gregos com os
ensinos de Moisés. Ele foi o primeiro a adotar essa ideia,
seguida
no cristianismo por Santo Agostinho e
depois por aquele que é considerado o maior filósofo e teólogo cristão, Tomás
de Aquino, que assimilaram completamente a
filosofia de Platão e Aristóteles, respectivamente.
Mas Deus não deu a sua verdade a gregos, babilônios,
romanos ou a qualquer outro povo ou nação, mas somente ao povo que escolheu,
aos hebreus, como está escrito claramente em Sua Palavra:
“Mostra a Sua Palavra a Jacó, os
Seus estatutos e os Seus juízos a Israel (19). Não fez assim a nenhuma outra
nação; e, quanto aos Seus juízos, não os conhecem (20)” (Salmos
147:19-20).
E as Escrituras judaicas claramente repudiam
a ideia da imortalidade da alma, afirmando que somente o grande EU SOU, o
Todo-poderoso tem, Ele só, a imortalidade (II Timóteo 6:16).
Mas se a alma é mortal, então como
se explicam os textos onde se diz que os que forem condenados serão
atormentados para todo o sempre nas chamas de um lago de fogo, chamas estas que
nada mais seriam do que a doutrina do inferno, um lugar de sofrimentos atrozes
e que jamais terão fim?
É quase irresistível a influência que esta doutrina
sempre exerceu e exerce sobre pessoas crédulas, ignorantes e influenciáveis,
que sempre foram dominadas por líderes religiosos, em todas as épocas. O medo
de uma existência futura num lugar de sofrimento eterno sempre teve mais poder
sobre esse tipo de pessoas do que os castigos temporais e materiais que
pudessem ser impostos sobre sua existência terrestre.
Ainda hoje esse encantamento é exercido por
padres, pastores e líderes de religiões e instituições, que enchem de horror os
seus fiéis e seguidores, com o temor de um lugar medonho e que nasceu da mente
cruel e malfazeja de Satanás. É evidente o seu propósito de
promover o poder e domínio material, político, social e financeiro desses
líderes, enriquecendo-os e tornando-os notórios. A religião contemporânea é um
dos maiores fatores de poderio e domínio por parte dos seus líderes, sejam quais
forem suas denominações.
A pior consequência dessa doutrina é o
afastamento da verdade e o profundo desconhecimento do caráter benevolente do
Criador, levando as pessoas à incredulidade e à desconfiança nas Escrituras. O resultado é a
crença em sistemas alternativos de salvação, como as indulgências, a salvação
pelas obras, os santos intermediários, as diversas reencarnações, enfim, um sem-número
de doutrinas espúrias, não bíblicas, ritos, cerimônias e superstições que
afastam as pessoas da verdade bíblica e da salvação.
A VERDADE BÍBLICA
A Bíblia Sagrada fala realmente de
um lago de fogo onde Satanás e todos os seus anjos serão lançados, juntamente
com todos os pecadores obstinados que
recusarem a
salvação e não se arrependerem para o perdão dos
seus pecados. Mas este fogo não ficará aceso, perpetuamente. Ele se apagará.
É impossível, para pessoas normais,
equilibradas e racionais, conciliar a verdade bíblica de que Deus é amor (I S.
João 4:8) com a ideia de um inferno eterno, um lugar de tormentos inimagináveis
e de desesperança infinita.
Não existe nenhuma doutrina mais ofensiva a
Deus e ao Seu caráter de infinita misericórdia, do que a doutrina do tormento
eterno. Tal doutrina somente poderia ter sido engendrada pela mente maldosa de
Satanás, que induziu as pessoas a imaginar que o Benevolente e Longânimo
Criador pudesse ter um caráter maligno como o seu próprio.
Deus não criou e nem jamais criará tal lugar
de eterna desdita, sofrimento e tristeza para os Seus filhos. O próprio ato de
destruir o ímpio para preservar a harmonia do Universo e o bem dos outros
filhos é um ato estranho e
contrário ao Seu caráter benevolente e paternal. Está escrito, a este respeito, quando tiver que executar a
sentença de morte eterna aos condenados:
Porque o Senhor se levantará...
para fazer a Sua obra, a Sua estranha obra, e para executar o Seu ato, o Seu
estranho ato” (Isaías 28:21).
E Ele fará isso porque não restará nenhuma
alternativa, baldados todos os esforços, esgotados todos os recursos do céu,
inclusive o oferecimento de Sua própria vida no sacrifício da cruz,
incompreensível até para os próprios anjos. E mesmo porque o ímpio não sentiria
nenhum prazer na pureza do céu, por causa da sua obstinada impiedade. Eis o que
sucederia se lhe fosse concedida a vida eterna, no reino de Deus:
“Ainda que se mostre favor ao
perverso, nem por isso aprende a justiça; até na terra da retidão ele comete a iniquidade,
e não atenta para a majestade do Senhor”
(Isaías 26:10).
obrigada seu texto foi de grande ajuda e grande revelação, parabéns por estar ajudando as pessoas através das escrituras a descobrir as verdades!! com certeza terá sua recompensa com Deus!!
ResponderExcluirObrigado! Suas palavras servem de estímulo e nos enchem de satisfação e gratidão, primeiramente a Deus, que nos deu esta oportunidade e a todos que, como você, nos animam com palavras como as suas.
Excluiro espirito volta a Deus que o deu mas alma do pecador que se recusou se arrepender de seus pecados seram enviadas ao lago de fogo com santanas e seus anjos e sofreram por toda eternidade.
Excluirgrande habilidade essa em distorcer a realidade dessa verdade tao imutavel.
jesus conta-nos uma parabola do rico e lasaro enfatisando essa vedade mas a mente humana se recusa em acreditar que corre grande risco em ir para lar caso na se submenta ao unico que ´pode ajuda-lo a se livrar desse horror.
pessoas q ensinai isso a leigos no evangelho sao falsificadores da palavra d Deus.
o espirito volta a Deus que o deu mas alma do pecador que se recusou se arrepender de seus pecados seram enviadas ao lago de fogo com santanas e seus anjos e sofreram por toda eternidade.
Excluirgrande habilidade essa em distorcer a realidade dessa verdade tao imutavel.
jesus conta-nos uma parabola do rico e lasaro enfatisando essa vedade mas a mente humana se recusa em acreditar que corre grande risco em ir para lar caso na se submenta ao unico que ´pode ajuda-lo a se livrar desse horror.
pessoas q ensinai isso a leigos no evangelho sao falsificadores da palavra d Deus.
Vc está bem distocidad nas santas escrituras aínda falam que cristão são seitas de satanás.Seita sim é viver acreditando nessa mentira,se não existe um lugar que será terrível não tem sentido Jesus Cristo ter vindo e morrer na cruz ,Deus e amor mas nem perdoou os seus anjos ,vai orar e fale com Deus que Ele é o único que vai te converter de verdade, não vivo de heresias , pessoas que não acreditam na verdade.misericordia que Deus tenha de vós é aí daqueles que distorcem a palavra de Deus, não ficará empuni
ResponderExcluirInfelizmente a pessoa que escreveu esse comentário sobre o inferno, gastou tanto tempo em vão, achando que outras pessoas não estuda as escrituras sagradas, graças a Deus o Espírito Santo veio pra nós esclarecer aquilo que estava oculto, louvo a Deus por hoje ser um crente em Jesus Cristo, quando Jesus usou o literal no caso o vale de Hinom,fez menção do estado eterno do homem caído, rebelde pecador, como vc queira entender, para o bom entendedor meia palavra basta, agora ficar diminuindo a seriedade disso é que não dá certo? Rm 3-23 diz todos pecaram e destituídos estão da gloria de Deus, significa que o homem nunca vai morrer,ou ele vai gozar a vida eterna com Deus, ou vai ser lançado pra sempre nas trevas eternas,o amigo que escreveu o comentário está dizendo que o pecador deixará de existir, desculpa a minha ironia, não dá pra tapar o Sol com peneira, Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna, vc nunca deixará de existir, pense nisso, Deus e misericórdia mas é justiça também, que Deus te ajude.
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