O SEGUNDO FLAGELO
Quando
o profeta descreve o que viu como parecendo uma montanha pegando fogo sendo
lançada no mar, o que esta visão sugere? Será que ele viu e tenta descrever uma
grande batalha naval ou um meteoro caindo do Mar? É provável que ele jamais
tenha visto antes um meteoro ou um meteorito ou mesmo soubesse o que era isso
e, por essa razão, não soubesse se expressar como o faria uma pessoa que hoje
possui pleno conhecimento do que representa este corpo celeste.
A
equivocada interpretação tradicional afirma que o texto profético relativo à
segunda trombeta “é a descrição das invasões e conquistas dos vândalos sob o
comando do Terrível Genserico – primeiro na África, mais tarde na Itália – de 428
a 476 d.C.” (Estudos Bíblicos, Cpb, Ed. De 2011, pag. 113). Esta afirmação é
baseada na obra do historiador inglês Edward Gibbon, História do Declínio e
Queda do Império Romano, cap. 36, que segue falando do chefe vândalo, afirmando
que “Suas conquistas foram em grande parte no mar. Numa noite apenas, perto de
Cartago, ele destruiu, pelo fogo e pela espada, mais da metade da frota romana,
que consistia de 1.300 navios e mais de 100.000 homens”.
A SEGUNDA TROMBETA,
O ACONTECIMENTO:
Apocalipse 8:8-9 – “O segundo anjo tocou a
sua trombeta, e foi lançado no mar algo parecendo um grande monte ardendo em
fogo, e se tornou em sangue a terça parte do mar (8). E morreu a terça parte das criaturas vivas que
havia no mar, e foi destruída a terça parte dos navios (9)”.
A SEGUNDA PRAGA, AS
CONSEQUÊNCIAS:
Apocalipse 16-3 – “3. O segundo anjo
derramou a sua taça no mar, que se transformou como no sangue de um morto. E
morreu tudo o que tinha vida no mar”.
A
consolidação dos textos sugere um novo texto assim mesclado:
“O segundo
anjo tocou a sua trombeta e derramou a sua taça no mar e foi lançado no mar algo
parecendo um grande monte ardendo em fogo e a terça parte do mar se transformou
como no sangue de um morto, e foi destruída a terça parte dos navios e morreu
grande parte de todas as criaturas vivas que havia no mar”.
Este
estudo defende convictamente que o profeta testemunhou a espantosa queda de um
meteoro ou meteorito no mar e o que aconteceu com a fauna, a flora e a
navegação, na região atingida pelo “grande monte ardendo em fogo”.
Quais
são as consequências que um fenômeno desses causaria à navegação e qual o
impacto que traria ao meio-ambiente, se caísse em algum oceano ou mar em
qualquer parte do globo? Um tsunami ou maremoto de grandes proporções
certamente dizimaria grande parte das embarcações e causaria a extinção de
considerável parte da fauna e da flora marinha do lugar.
A
descrição feita pelo profeta em nada sugere que pudesse ser interpretada como
sendo algum tipo de batalha naval. Não existe a mínima correspondência ou
semelhança que pudesse levar a esse entendimento ou fazer tal aplicação. Muito
menos com relação às consequências do fato, como se pode deduzir.
Quando
ele fala na morte das “criaturas vivas que havia no mar” ou de “tudo que tinha vida no mar”, nem de longe ele sugere
que isso seja a morte de pessoas, numa batalha, mas de seres marítimos, como
baleias, tubarões, peixes, algas, etc., tudo que tem vida no mar.
Finalmente,
quando ele fala que a água do mar se tornou “em sangue como de um morto”, ele
tenta se expressar descrevendo o que lhe pareceu mais apropriado, pela
aparência do que viu. O que pode ser comparado com o sangue de um morto? Por
que ele não relatou o que viu apenas com sendo o sangue, simplesmente? É porque
o sangue venoso, recém-colhido ou vertido de algum animal ou pessoa em vida,
tem a cor e aparência bem diferentes da que apresenta o sangue de um morto.
Quando
se extingue a vida e o oxigênio deixa de purificar o sangue começa um processo
de decomposição e putrefação e ele começa a adquirir uma coloração escurecida,
em lugar do vermelho vivo. Se a tragédia que o profeta contemplou acontecer,
por exemplo, num lugar de grande tráfego de navios petroleiros, como por o mar
da Arábia, próximo dos canais de Suez ou de Ormuz, o que aconteceria com a água
contaminada por milhões e milhões de toneladas de óleo?
Esse
grande acontecimento que irá causar assombro e alvoroço em todo o mundo está
certamente no futuro e arrasará o meio-ambiente, trazendo inumeráveis prejuízos
de natureza material e econômica.
A
expressão “a terça parte” parece indicar o autor de todas estas tragédias que
estão se abatendo sobre a Terra toda: Satanás, o anjo que é identificado e caracterizado
por ter levado consigo a terça parte
dos anjos do Céu, em sua rebelião contra Deus (Apocalipse 12:4).
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