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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

TROMBETAS E PRAGAS - O Segundo Flagelo



O SEGUNDO FLAGELO
Quando o profeta descreve o que viu como parecendo uma montanha pegando fogo sendo lançada no mar, o que esta visão sugere? Será que ele viu e tenta descrever uma grande batalha naval ou um meteoro caindo do Mar? É provável que ele jamais tenha visto antes um meteoro ou um meteorito ou mesmo soubesse o que era isso e, por essa razão, não soubesse se expressar como o faria uma pessoa que hoje possui pleno conhecimento do que representa este corpo celeste.


A equivocada interpretação tradicional afirma que o texto profético relativo à segunda trombeta “é a descrição das invasões e conquistas dos vândalos sob o comando do Terrível Genserico – primeiro na África, mais tarde na Itália – de 428 a 476 d.C.” (Estudos Bíblicos, Cpb, Ed. De 2011, pag. 113). Esta afirmação é baseada na obra do historiador inglês Edward Gibbon, História do Declínio e Queda do Império Romano, cap. 36, que segue falando do chefe vândalo, afirmando que “Suas conquistas foram em grande parte no mar. Numa noite apenas, perto de Cartago, ele destruiu, pelo fogo e pela espada, mais da metade da frota romana, que consistia de 1.300 navios e mais de 100.000 homens”.

A SEGUNDA TROMBETA, O ACONTECIMENTO:

Apocalipse 8:8-9  O segundo anjo tocou a sua trombeta, e foi lançado no mar algo parecendo um grande monte ardendo em fogo, e se tornou em sangue a terça parte do mar (8). E morreu a terça parte das criaturas vivas que havia no mar, e foi destruída a terça parte dos navios (9)”.

A SEGUNDA PRAGA, AS CONSEQUÊNCIAS:

Apocalipse 16-33. O segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se transformou como no sangue de um morto. E morreu tudo o que tinha vida no mar”.
A consolidação dos textos sugere um novo texto assim mesclado:

“O segundo anjo tocou a sua trombeta e derramou a sua taça no mar e foi lançado no mar algo parecendo um grande monte ardendo em fogo e a terça parte do mar se transformou como no sangue de um morto, e foi destruída a terça parte dos navios e morreu grande parte de todas as criaturas vivas que havia no mar”.

Este estudo defende convictamente que o profeta testemunhou a espantosa queda de um meteoro ou meteorito no mar e o que aconteceu com a fauna, a flora e a navegação, na região atingida pelo “grande monte ardendo em fogo”.

Quais são as consequências que um fenômeno desses causaria à navegação e qual o impacto que traria ao meio-ambiente, se caísse em algum oceano ou mar em qualquer parte do globo? Um tsunami ou maremoto de grandes proporções certamente dizimaria grande parte das embarcações e causaria a extinção de considerável parte da fauna e da flora marinha do lugar.

A descrição feita pelo profeta em nada sugere que pudesse ser interpretada como sendo algum tipo de batalha naval. Não existe a mínima correspondência ou semelhança que pudesse levar a esse entendimento ou fazer tal aplicação. Muito menos com relação às consequências do fato, como se pode deduzir.

Quando ele fala na morte das “criaturas vivas que havia no mar” ou de “tudo que  tinha vida no mar”, nem de longe ele sugere que isso seja a morte de pessoas, numa batalha, mas de seres marítimos, como baleias, tubarões, peixes, algas, etc., tudo que tem vida no mar.

Finalmente, quando ele fala que a água do mar se tornou “em sangue como de um morto”, ele tenta se expressar descrevendo o que lhe pareceu mais apropriado, pela aparência do que viu. O que pode ser comparado com o sangue de um morto? Por que ele não relatou o que viu apenas com sendo o sangue, simplesmente? É porque o sangue venoso, recém-colhido ou vertido de algum animal ou pessoa em vida, tem a cor e aparência bem diferentes da que apresenta o sangue de um morto.

Quando se extingue a vida e o oxigênio deixa de purificar o sangue começa um processo de decomposição e putrefação e ele começa a adquirir uma coloração escurecida, em lugar do vermelho vivo. Se a tragédia que o profeta contemplou acontecer, por exemplo, num lugar de grande tráfego de navios petroleiros, como por o mar da Arábia, próximo dos canais de Suez ou de Ormuz, o que aconteceria com a água contaminada por milhões e milhões de toneladas de óleo?



Certamente que a aparência da água seria a de “sangue de um morto”.

Esse grande acontecimento que irá causar assombro e alvoroço em todo o mundo está certamente no futuro e arrasará o meio-ambiente, trazendo inumeráveis prejuízos de natureza material e econômica.

A expressão “a terça parte” parece indicar o autor de todas estas tragédias que estão se abatendo sobre a Terra toda: Satanás, o anjo que é identificado e caracterizado por ter levado consigo a terça parte dos anjos do Céu, em sua rebelião contra Deus (Apocalipse 12:4).

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