O QUINTO FLAGELO, O PRIMEIRO
"AI"
O quinto flagelo é representado na profecia como o primeiro dos “ais” anunciados e que encerra uma sucessão das maiores e mais terríveis catástrofes já presenciadas pelo homem, em todos os tempos da História da humanidade. Dando início ao relato, João viu uma estrela que havia caído na Terra e a quem foi dada a chave do poço do abismo. Esta estrela, de acordo com o contexto, não pode ser um astro ou um objeto, mas um ser inteligente, a quem foi dada a chave de alguma coisa chamada “poço do abismo”.
Este
estudo defende que o anjo do abismo, que caiu do Céu, é Satanás e que ele irá assumir
o trono da Terra e personificar a Jesus, num engano universal e quase que impossível de se
discernir, fazendo sinais e prodígios de tal sorte que, se fosse possível, ele enganaria
até os próprios escolhidos, como está escrito:
“Então,
se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não deis crédito (23).
Porque
surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e
prodígios que, se possível fora, enganariam até os próprios escolhidos (24)”
(Mateus 24:23-24).
A
capacidade que Satanás tem de seduzir e enganar está claramente expressa na
Bíblia Sagrada:
“E não é
maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz”
(II Coríntios 11:14).
Os
principais eventos que irão assombrar e aterrorizar o mundo durante o quinto
flagelo podem ser assim descritos:
1º - Satanás
personificando Jesus assume o governo mundial:
“O quinto anjo
tocou a sua trombeta. Vi então uma estrela que havia caído do Céu, na Terra.
Foi dada a ela a chave do poço do abismo (1). Ele abriu o poço do abismo, e
subiu dele fumaça como a de uma grande fornalha. O sol e o céu ficaram escuros
por causa da fumaça que saía do poço (2). E da fumaça saíram gafanhotos sobre a
Terra. Eles tinham poder como o dos escorpiões da Terra (3)” (Apocalipse 9:1-3).
Eles tinham
sobre si como rei o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom e, em grego,
Apoliom (Verso 11).
Primeiramente
é necessário identificar quem é o anjo do abismo. Uma criteriosa análise do
contexto leva ao entendimento de que se trata de Satanás, o anjo que Jesus viu
cair do Céu:
“E Ele
lhes disse: Eu via Satanás, como raio, cair do Céu” (Lucas 10:18).
Mas
a profecia não fala de raio, e sim de uma estrela. Na verdade, estrela é o
símbolo e a representação de anjo, nas Sagradas Escrituras e em especial no
livro da Revelação. Para compreender o significado do propósito do Revelador a narrativa
profética revela que Satanás batalhou no Céu juntamente com os seus anjos
rebelados, contra Jesus:
“E houve
batalha no Céu: Miguel e Seus anjos batalharam contra o dragão. E o dragão e os
seus anjos também batalharam (7). Mas eles foram derrotados, de modo que não
mais houve lugar para eles no Céu (8). E o grande dragão foi expulso do Céu.
Ele é a antiga serpente, também conhecido por Diabo ou Satanás, que
engana a todo o mundo. Ele foi expulso para a Terra e os seus anjos foram
expulsos com ele (9)” (Apocalipse 12:7-9).
Segundo o relato bíblico
Satanás, representado por um dragão, foi vencido por Jesus e expulso do Céu e
levou consigo em sua queda a terça parte de todos os anjos que o seguiram em
sua rebelião. Estes anjos são representados ou simbolizados por estrelas:
“Sua cauda arrastou
consigo a terça parte das estrelas do Céu, lançando-as para a Terra...“ (Verso
4, p.p.).
Satanás, o anjo
que foi expulso do Céu e lançado na Terra já tinha sido identificado como uma
estrela, e sua queda anunciada, em outros textos:
“Como caíste
do Céu, ó Estrela da Manhã, filha da alva! Como foste lançado por
terra...” (Isaías 14:12).
E o seu
propósito também já fora desmascarado, quando tentou sublevar-se e dominar
sobre os anjos, também aqui representados por estrelas:
“E tu dizias no
teu coração: Eu subirei ao Céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o
meu trono...” (Isaías 14:13).
Na sequência do
texto profético que anuncia o quinto flagelo, fica claro que o anjo do abismo,
que caiu do Céu, é Satanás, que nessa ocasião assume a postura de rei da Terra, tentando personificar a Jesus, como será esclarecido adiante:
“Eles tinham sobre si como rei o anjo do
abismo, cujo nome em hebraico é Abadom e, em grego, Apoliom” (Apocalipse
9:11).
O significado
do nome Abadom em hebraico e o seu correspondente grego é “destruidor”, também
traduzido por “dominador do abismo” (Jó 26:6).
O que o profeta
deve ter visto, há quase dois milênios, que o fez descrever o evento como a
fumaceira de uma grande fornalha e que fez escurecer o sol e todo o firmamento?
Com que palavras ele poderia, no seu tempo e com o seu conhecimento, registrar
a visão de uma grande explosão, possivelmente de uma bomba nuclear?
Muitas palavras
ele utilizou para comparar e tentar explicar o que viu. A palavra “escorpiões”,
por exemplo, é utilizada por ele não no seu sentido literal, mas para expressar
a capacidade e poder que os “gafanhotos” têm de provocar dor e sofrimento aos
habitantes da Terra, a eles sujeitos, semelhante à dor provocada pela picada
daquele animal.
E o que ele viu
que o fez comparar com os terríveis “gafanhotos” saindo daquela fumaceira e
possivelmente sobrevoando aquele cenário de destruição? Mesmo hoje essa visão
faria estremecer a um espectador moderno, acostumado a vê-la no cinema e na
televisão.
É coerente e
lógico supor que o profeta contemplou, no seu tempo, uma futura batalha em que os
fantásticos artefatos voadores de guerra, de última geração, estivessem em ação.
Helicópteros e caças supersônicos numa batalha parece ser a descrição do que
ele viu, com o que de mais parecido ele conhecia: gafanhotos.
2º - O fim do poder
papal, da Igreja Católica Romana e do
Estado do Vaticano:
Ele deverá receber muito brevemente essa autoridade de um novo e reestruturado Conselho de Segurança da ONU (ver “FRANCISCO, O PAPA DO FIM DO MUNDO. Ou: A Besta, o Dragão e a Prostituta”, neste blog).
“O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da
besta. O seu reino ficou em trevas e os homens mordiam as suas línguas, de
tanta dor (10). E por causa das suas dores e das suas chagas, eles blasfemaram
contra o Deus do Céu e não se arrependeram das suas obras más (11)”
(Apocalipse 16:10-11).
Os versos seguintes revelam que a hegemonia do papa Francisco, o futuro rei da
Terra, será exercida não da cidade de Roma. Segundo a Palavra de Deus ele governará
o mundo com o seu trono em Jerusalém. Ele pisará a cidade santa, afrontará a
Deus, Sua lei e o Evangelho Eterno, por um relativamente breve período, até que se cumpram os desígnios
de Deus:
“E os dez
chifres que vista na besta são os que, odiando a prostituta, vão
deixá-la nua e comerão suas carnes e a queimarão no fogo (16). Porque Deus pôs no coração deles o desejo de realizar o
propósito que Ele tem, levando-os a dar à besta o poder de reinar até que
as Suas palavras sejam cumpridas (17)” (Apocalipse 17:16-17).
“Este rei fará conforme a sua vontade. Ele se exaltará
e se engrandecerá em relação a qualquer divindade e aos seres celestiais, e
proferirá blasfêmias espantosas contra o Deus dos deuses. Ele prosperará, até
que a ira se complete, porque aquilo que está determinado irá acontecer” (Daniel 11:36).
“Por fim, quando armar as tendas do seu palácio entre
o mar grande (Mediterrâneo) e o glorioso
monte Santo (Jerusalém), ele chegará
ao seu fim, e não haverá quem o socorra” (Daniel 11:45).
Quase todo o Capítulo 18 (Versos 5 a 24) relata a queda e destruição do poder papal, assentado na cidade de Jerusalém, a cidade onde "se achou o sangue dos profetas e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra (Verso 24). A cidade "onde o seu Senhor foi crucificado"(Apocalipse 11:8) será mais uma vez destruída. A cidade que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados (Lucas 13:34) destruída no passado por Nabucodonosor, Tito e Adriano, será no futuro novamente destruída, desta vez para sempre.
3º - A revelação
sobre a duração da grande tribulação, anunciada como o primeiro “ai” e o que
acontecerá com todos os habitantes da Terra. A diferença dos sofrimentos sobre
os que estarão selados e protegidos por Deus e os que foram assinalados pelo
sinal da besta:
a – Os sofrimentos e
tribulação dos selados:
A terra e o mar
representam todos os povos e nações da Terra. Os vegetais no texto profético simbolizam as pessoas que foram seladas, inscritas no Livro da Vida e
separadas para a eterna salvação e contadas para a eterna salvação. Esse critério
está implícito nas duas “bestas” do Capítulo treze, uma que subiu do mar e a
outra que subiu da terra, ou seja, englobam o mundo todo.
No início do juízo dos
vivos, quatro poderosos anjos foram designados para proteger e preservar o
mundo todo: a terra, o mar, e as árvores, até que fossem selados “todos os servos do nosso
Deus”(Apocalipse 7:1-3).
Note-se que depois do
selamento somente os vegetais são preservados da destruição. A terra e o mar, simbólicos, não serão preservados ou poupados. Os selados,
representados pela erva, verdura e pelas árvores não sofrerão os danos fatais
dos flagelos, apesar dos sofrimentos a que estarão sujeitos. Somente os homens que não têm o selo de Deus
é que serão atingidos, ou seja, todos os que escolheram obedecer à besta e
receberam o seu sinal.
Qual a diferença entre
uns e outros? A mesma diferença que a Palavra de Deus afirma que existirá nesse tempo,
para os que temem ao Senhor e se lembram do Seu nome:
“Eles serão
meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei serão para Mim
particular tesouro; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho que o serve
(17). Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o
que serve a Deus e o que não O serve (18)” (Malaquias 3:17-18).
Somente nesse tempo se
cumprirão as promessas de Deus, expressas em todos os versículos do Salmo 91.
Sim, porque em todos os tempos da existência humana os que servem a Deus sempre
padeceram aflições, foram perseguidos, encarcerados e mortos. Mas não, agora,
quando o mundo todo estará assolado pela peste perniciosa, pela guerra, pelo
espanto noturno e pelo terror e pela mortandade que assola ao meio-dia. A promessa é real:
“Mil cairão ao
teu lado, e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido (7); somente com
os teus olhos olharás, e verás a recompensa dos ímpios (8). Porque aos
Seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus
caminhos (11). Ele Me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na
angústia; livrá-lo-ei e o glorificarei (15)” (Salmos 91:7-8, 11 e 15).
Jesus Se referiu ao tempo
em que muitos seriam angustiados e mesmo mortos, antes do fim do Juízo e do selamento, dizendo:
“E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e
amigos sereis entregues; e matarão muitos de vós (16). E de todos sereis
odiados por causa do Meu nome (17)” (Lucas 21:16-17).
Mas, logo depois de fazer
estas afirmações Ele declara:
“Mas não
perecerá um único cabelo da vossa cabeça” (Verso 18).
Como explicar esta
aparente contradição? É que Ele está se referindo a duas ocasiões distintas: a
primeira, antes do fechamento da porta da graça, quando o sangue dos mártires
será como semente para atrair multidões para a salvação. Depois que terminar o
julgamento e ninguém mais puder ser salvo, então os servos de Deus não mais
poderão morrer e nem pecar. O Espírito Santo não mais estará intercedendo por
eles, mas estará neles habitando.
Nessa ocasião estarão
clamando dia e noite ao Seu Deus e serão por Ele ouvidos. É o que Jesus
afirmou:
“E Deus não
fará justiça aos Seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de noite, ainda que
pareça demorado em atendê-los? Digo-lhes que depressa lhes fará justiça.
Quando, porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra (8)?” (Lucas 18:7-8).
Todos estes
esclarecimentos são indispensáveis para que os versos seguintes sejam
entendidos. Estes se referem à grande tribulação por que terão que passar todos
os servos de Deus, selados, salvos, mas angustiados antes de seu livramento
final. Como aconteceu com o patriarca Jó eles sofrerão dura prova, quando serão
purificados, embranquecidos e provados e lavarão suas vestes no sangue do
Cordeiro, antes de sua vitória no final. Satanás deverá atormentá-los, mas não terá poder sobre suas vidas:
“Eles não tinham autoridade para causar dano à erva da
terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas
somente aos homens que não tinham nas suas testas o selo de Deus (4). Não
lhes foi permitido que os matassem [os que tinham o selo de
Deus], mas que
por cinco meses os atormentassem. E o seu tormento era semelhante à
picada do escorpião, quando fere o homem (5)” (Apocalipse 9:4-5).
Não existe nenhum outro período de tempo revelado no livro profético, a
não ser os cinco meses mencionados no texto. Todos os detalhes têm o seu
significado e sinalizam para os servos de Deus o seu caminho, a direção e a
posição em que se encontram na caminhada. Todas as informações necessárias
estão disponibilizadas para o diligente pesquisador. O Revelador divino prometeu
não fazer coisa alguma sem antes revelar o Seu segredo aos seus servos, os profetas
(Amós 3:7).
Assim, a convicção de que o tempo de angústia ou a grande tribulação
anunciada terá o período de cinco meses literais.
b – Os sofrimentos e
tribulação dos perdidos, marcados com o sinal da besta:
“Naqueles dias
os homens [que não tinham o selo de Deus] procurarão a morte, e não a acharão; desejarão morrer, mas a
morte fugirá deles”
(Apocalipse 9:6).
Qual a razão por que muitos homens, no desespero de um sofrimento atroz
e insuportável desejarão a morte, mas não conseguirão morrer? Em qualquer época
da História humana nada impediria alguém de tirar a própria vida, ingerindo
veneno, ou por enforcamento, afogando-se, saltando de grande altura, ou seja, de
que modo for. Anda mais nessa época em que as pessoas estarão sendo mortas aos
milhões, diariamente, pelas tragédias provocadas pela convulsão da natureza,
pelas epidemias e pela conflagração entre as nações.
Muitos imaginam que nessa época ninguém poderá morrer. Grande engano.
Somente aqueles a quem Satanás mais odiar e aos quais pretenda provocar maiores
sofrimentos é que serão impedidos de morrer, estando totalmente possuídos pelos
demônios e impedidos de exercer sua vontade consciente. A experiência desses
será como a dos endemoninhados gadarenos (Mateus 8:28-34). Serão,nessa época, como zumbis, miseráveis
mortos-vivos, pobres e desgraçados condenados pela escolha que fizeram.
As máquinas de guerra e os exércitos vistas por
João
“Os gafanhotos
pareciam cavalos preparados para a guerra. Sobre as suas cabeças tinham algo
semelhante a coroas douradas, e os seus rostos eram como rostos de homens (7). Tinham
cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como os de leões (8). Tinham
couraças como couraças de ferro, e o estrondo das suas asas era
como o estrondo de carros com muitos cavalos correndo para a batalha (9).Eles
tinham caudas e ferrões como de escorpiões, e nas suas caudas estava o poder
para atormentar os homens por cinco meses (10)” (Apocalipse 9:7-10).
Imagens que o profeta pode ter contemplado, no seu tempo |
Cavalos: Igualmente assombroso
para ele deve ter sido a visão dos tanques
de guerra modernos, velozes, precisos e mortíferos com sua carga letal.
Estas formidáveis estruturas de guerra, blindadas de aço, expelindo fogo e
enxofre, com caudas e ferrões, devem ter dado trabalho para o profeta expressar
com o seu limitado conhecimento e vocabulário restrito estas magníficas
máquinas modernas de guerra e destruição.
Soldados com capacetes
dourados: O uniforme e os equipamentos de proteção e segurança utilizados
atualmente pelos combatentes modernos e os seus armamentos pessoais estão ainda
que de forma compreensivelmente aproximada em sua descrição, descritos pelo
profeta. Os modernos capacetes parece deram a ele a impressão de coroas
douradas.
O quinto flagelo termina
com a advertência de que ainda faltam dois acontecimentos que irão sacudir o
mundo.
Passado é já um
ai; depois disso vêm ainda dois ais (Verso 12).
UMA INTERPRETAÇÃO TRADICIONAL, ANTIGA E
EQUIVOCADA:
Muitos
interpretaram no passado e alguns ainda ensinam que Maomé é a estrela da profecia, caída do Céu na Terra. O poço
do abismo é interpretado como sendo os
desertos da Arábia, de onde vieram os maometanos, semelhantes a nuvens
de gafanhotos e que a fumaça que escureceu o sol e o ar seja a propagação do Islã pela Ásia,
África e parte da Europa. E, ainda, que “o seu poder semelhante ao escorpião é
revelado em seus ataques rápidos e vigorosos e na destruição de seus inimigos”
(Estudos Bíblicos, Cpb, pag. 114).
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