Jesus em breve voltará a este mundo e a sua volta é a bendita esperança
da humanidade. É o mais extraordinário acontecimento da História universal e
irá coroar a vitória da justiça sobre o pecado, encerrando o grande conflito
entre o bem e o mal e restaurando o propósito do Criador de conceder vida
eterna às Suas criaturas. Ele está registrado, direta ou
indiretamente, em mais de 2.500 textos da Bíblia Sagrada, mas este pequeno
tratado se limitará ao texto registrado no capítulo 14 no livro da Revelação, avançando
apenas para esclarecer a forma e o tempo em que ele se dará e as suas
consequências para todos os habitantes da Terra.
O livro profético trata, também, no capítulo 19, de outro evento igualmente
grandioso, o retorno de Jesus para esta mesma Terra, após mil anos de
atividades no Céu, desta vez não apenas com os Seus anjos, mas também com os
seus remidos e com a Nova Jerusalém. Nessa ocasião Ele irá executar o juízo
final contra os ímpios que serão ressuscitados e estabelecerá finalmente o Seu
reino eterno aqui na Terra.
No texto abaixo, em que o apóstolo
registra o faustoso evento, ele utiliza os mesmos símbolos que Jesus usou para
ensinar os Seus discípulos, por meio de uma parábola – a parábola do joio e do
trigo (Mateus 13:24-30) -, quando o Salvador esclareceu todos estes símbolos,
os quais devem novamente servir de orientação para a compreensão do texto
profético:
Apocalipse 14:14-20
Então
olhei, e vi diante de mim uma nuvem branca e, assentado sobre
a nuvem, Alguém semelhante a um Filho de homem, que tinha na cabeça uma coroa de
ouro e na mão uma foice afiada (14).
Outro
anjo saiu do templo e clamou com grande voz Àquele que estava assentado sobre a
nuvem: Usa a tua foice e corta, porque chegou a hora de colher, porque a
seara da Terra já está madura (15).
Então
Aquele que estava assentado sobre a nuvem lançou a sua foice sobre a Terra e a
seara da Terra foi colhida (16).
Outro
anjo saiu do santuário que está no Céu. Ele também tinha uma foice afiada (17).
Ainda
outro anjo, que tem poder sobre o fogo, clamou com grande voz ao que tinha a
foice afiada, dizendo: Lança a tua foice afiada e colhe os cachos de uva da
videira da Terra, porque as suas uvas já estão bem maduras (18).
O
anjo lançou a sua foice na Terra, colheu as uvas da vinha da Terra e as lançou
no grande lagar da ira de Deus (19).
E
o lagar foi pisado fora da cidade [santa], e dele saiu sangue
até chegar ao nível dos freios dos cavalos, numa extensão de cerca de trezentos
quilômetros (1600 estádios) (20).
O texto em que Jesus explica a parábola é o seguinte:
“E Ele, respondendo,
disse-lhes: O que semeia a boa semente é o Filho do homem (37); o campo é o
mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os
filhos do maligno (38); o inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é
o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos (39). Assim como o joio
é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo (40).
Mandará o Filho do homem os Seus anjos, e eles colherão do Seu reino tudo o que
causa pecado, e os que praticam iniquidade (41)“ (Mateus 13:37-41).
O texto profético dispensa maiores explicações, pois é bastante claro,
identificando a situação e os personagens envolvidos. No fim do mundo Jesus, o
Filho do homem, virá numa nuvem branca para buscar os filhos do reino (o trigo)
para a vida eterna. Na ocasião os filhos do maligno (o joio ou as uvas) serão
aniquilados e a vida na Terra terá fim.
A destruição de todos os ímpios na ocasião da volta de Jesus já estava a
muitos séculos predita na profecia sagrada, sendo eles representados como uvas
pisadas num lagar:
“Quem é este que vem de
Edom, com vestidos tintos de Bozra, este que é glorioso em sua vestidura, que
marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar!
(1). Por que está vermelha a tua vestidura? E os teus vestidos como os daquele
que pisa no lagar (2)? Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos
ninguém houve comigo; e os pisei na minha ira, e os esmaguei no meu
furor; e o seu sangue salpicou os meus vestidos, e manchei toda a
minha vestidura (3). Porque o dia da vingança estava no meu coração; e o ano
dos meus redimidos é chegado (4)” (Isaías 63:1-4).
A volta de Jesus irá solucionar todos os problemas da humanidade. Ela cumprirá, finalmente, o propósito de Sua vida, morte e ressurreição: vencer a morte, trazer de volta à vida todos aqueles que, em todos os tempos e lugares, O aceitaram como o seu salvador e cumprir o propósito original do Criador.
A volta de Jesus irá solucionar todos os problemas da humanidade. Ela cumprirá, finalmente, o propósito de Sua vida, morte e ressurreição: vencer a morte, trazer de volta à vida todos aqueles que, em todos os tempos e lugares, O aceitaram como o seu salvador e cumprir o propósito original do Criador.
Alguns esclarecimentos necessários sobre a vinda de Jesus, baseados na
Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus:
QUANDO SERÁ A VINDA
DE JESUS?
- Depois da
pregação da última mensagem de advertência ao mundo:
“E este Evangelho do
Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então
virá o fim” (Mateus 24:14).
- Na geração em que
estiverem acontecendo os sinais que Jesus anunciou:
“Em verdade vos digo
que não passará esta geração até que tudo aconteça” (Lucas 21:32).
Do que Jesus estava falando? Ele falava dos sinais que acontecerão no
sol, na lua e nas estrelas, os mesmos sinais que anunciarão a abertura do sexto
selo no julgamento dos vivos e que foram dados como prova do derramamento do
Espírito Santo, na “chuva serôdia”:
“E haverá sinais no
sol, na lua e nas estrelas; e na Terra angústia das nações, em perplexidade
pelo bramido do mar e das ondas (25); homens desmaiando de terror, na
expectação das coisas que sobrevirão ao mundo. Porquanto os poderes do céu
serão abalados (26). E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com
poder e grande glória (27)” (Lucas 21:25-27).
“E logo depois da
aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz,
e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas
(30). Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da
terra se lamentarão, e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu,
com poder e grande glória (31)” (Mateus 24:29-30).
“E havendo aberto o
sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol
tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue
(12) E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira
lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte (13)” (Apocalipse
6:12-13).
“E há de ser que derramarei
o Meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas
profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões
(28). E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o Meu
Espírito (29). E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e
colunas de fumo (30). O sol se converterá em trevas, e a lua em
sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor (31)” (Joel 2:28-31).
COMO SERÁ A VINDA
DE JESUS?
De acordo com as Sagradas Escrituras a volta de Jesus será um evento global,
assombroso, que será visto pelo mundo todo:
“Eis que Ele vem com
as nuvens e todo olho O verá... E todas as tribos da Terra se
lamentarão” (Apocalipse
1:7).
“Porque assim como o
relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda
do Filho do homem” (Mateus
24:27).
Não será um acontecimento secreto, silencioso ou sorrateiro, mas o maior
e mais impactante evento jamais presenciado em todo o Universo:
“Mas o dia do Senhor
virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os
elementos, ardendo, se desfarão e a terra e as obras que nela há, se queimarão” (II Pedro 3:10).
O coro dos anjos encherá o
firmamento. Ao som da trombeta de Deus os túmulos se abrirão em toda a extensão
da Terra. Multidões dos resgatados ao poder da sepultura serão trazidas nos
braços dos anjos até aos seus familiares e amigos que não experimentaram a
morte. Um frêmito percorrerá a todos estes, ao sentirem, num instante, num
piscar de olhos, a transformação do seu corpo mortal no corpo glorioso
semelhante ao de Jesus, com o qual viverão para sempre.
A inexprimível alegria do reencontro
com os entes queridos ressuscitados somente será superada pela contemplação da
face de Jesus. Os resgatados cantarão sua incomparável felicidade, pela
realização do seu mais acalentado sonho. E naquele dia se dirá:
"Eis que este é o nosso Deus, a Quem esperávamos, e Ele nos salvará. Este é o Senhor, a Quem aguardávamos; na Sua salvação gozaremos e nos alegraremos" (Isaías 25:9).
Para os que rejeitaram a Jesus e a salvação, entretanto, o espetáculo da Sua vinda é algo terrível, e somente muito tarde estarão reconhecendo que a pregação da Sua vinda, que desprezaram e escarneceram, não era uma fábula tola.
O fogo consumidor que é a presença
do Deus Todo-poderoso abrasará e consumirá todos os que não foram transformados
e capacitados para esta hora:
"Nuvens
e obscuridade estão ao redor dEle; justiça e juízo são a base do Seu trono.
Adiante dEle vai um fogo que abrasa os Seus inimigos em redor. Os Seus
relâmpagos alumiam o mundo; a Terra viu e tremeu. Os montes se derretem como
cera na presença do Senhor, na presença do Senhor de toda a Terra. Os céus
anunciam a Sua justiça, e todos os povos veem a Sua glória" (Salmo 97:3-6).
Os ímpios, portanto, serão mortos
pelo esplendor de Sua vinda, pois não poderão suportar o fogo consumidor que é
a glória da presença do Senhor.
Está escrito:
"Por causa da ira do Senhor dos Exércitos a Terra se escurecerá, e será o povo como pasto do fogo... Mas julgará com justiça os pobres, e repreenderá com equidade os mansos da Terra; e ferirá a Terra com a vara de Sua boca, e com o sopro dos Seus lábios matará o ímpio. Eis que o nome do Senhor vem de longe ardendo em Sua ira, e lançando espesso fumo; os Seus lábios estão cheios de indignação, e a Sua língua é como fogo consumidor" (Isaías 9:19, 11:14 e 30:27).
João afirma ser o rosto de Jesus resplandecente como o sol:
"... e o Seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece" (Apocalipse 1:16).
O fulgor da presença do Senhor é tão
intenso que o profeta afirma não haver necessidade da luz do sol para iluminar
a Nova Jerusalém e a Nova Terra:
"E
ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol,
porque o Senhor Deus os alumia e reinarão para sempre" (Apocalipse
22:5).
Pode-se, então, imaginar o espetáculo grandioso que será a vinda do Senhor Jesus, em poder e grande glória, com milhões dos Seus anjos:
"Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da Terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus" (Mateus 24:30-31).
Os céus se enrolarão como um pergaminho.
As montanhas tremerão, as ilhas sairão dos seus lugares, à aproximação do
Grande Deus. Os grandes edifícios ruirão e multidões desesperadas procurarão
esconder-se da espantosa presença do Salvador a Quem rejeitaram. É a própria
Palavra de Deus que afirma:
"E
o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram
removidos dos seus lugares. E os reis da Terra, e os grandes, e os ricos, e os
tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas
cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: Caí
sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono, e
da ira do Cordeiro, pois chegou o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?" (Apocalipse
6:14-17).
HAVERÁ UM
ARREBATAMENTO SECRETO?
A doutrina do arrebatamento secreto é relativamente recente e somente começou a ser ensinada e crida poucos anos atrás, incrementada
pela publicação de alguns livros e séries de grande sucesso editorial,
cinematográfico e televisivo, como “A
Agonia do Planeta Terra”, de Hal Lindsey e “Deixados para Trás”, de Tim Lahaye. Ela presume que haverá um
arrebatamento secreto da igreja e que a volta de Jesus se dará em duas etapas:
a primeira, secreta, que arrebatará a igreja e todos os que se mantiverem fiéis e obedientes ao Evangelho; e a segunda, a revelação, quando Jesus virá
com todos os salvos, após a festa das bodas do Cordeiro, no Céu.
Na realidade, Jesus virá duas vezes a esta Terra, mas
nenhuma delas será secreta. A Palavra de Deus em momento algum autoriza este
pensamento, que traz em si, um grave erro que pode se revelar fatal para
muitos. Por este pensamento admite-se uma segunda oportunidade para os que não
tiverem sido arrebatados secretamente, da primeira vez e que viverão durante a
“grande tribulação” aqui na Terra sob o governo do “Anticristo”, ocasião em que
o evangelho será pregado pelos judeus convertidos ao cristianismo.
Este ensino tem semelhanças com o verdadeiro propósito
do livro da Revelação e, por isso, é perigoso porque confunde e desvia o seu
foco principal, que é a preparação para o dia do Senhor, o dia do julgamento final de cada ser humano vivo. Portanto,
este assunto reveste-se de uma importância tão grande, que somente a eternidade
poderá revelar. Muitos poderão perder a salvação, embalados pela falsa esperança
de uma segunda oportunidade, que não haverá.
São muitos os que acreditam sinceramente que Jesus virá
secretamente e arrebatará Sua igreja em Sua primeira volta à Terra, no futuro
próximo, deixando para trás todos os que não estiverem preparados para este
evento. Esta crença é equivocada e perigosa e por isso deve ser esclarecida. De
uma coisa não pode haver dúvida: não podem existir na Palavra de Deus duas
verdades sobre um mesmo assunto.
Alguns textos bíblicos indevidamente interpretados
trouxeram esta falsa ideia de que um grupo de pessoas será preservado da grande
tribulação que irá assolar a Terra no futuro próximo, quando Jesus irá se
levantar no Santuário Celestial, jogar o incensário sobre a Terra e encerrar o
julgamento no Céu (Apocalipse 8:5). Nesse tempo haverá “um tempo de angústia, como
nunca houve, desde o princípio do mundo até àquele tempo, nem tão pouco tornará
a haver” (Daniel 12:1; Mateus 24:20).
Todos devem se lembrar da afirmação da Palavra de Deus de que, se alguém desejar viver fielmente ao lado do Senhor e de Sua
verdade e escolher seguir a Jesus, certamente sofrerá perseguições. Esta
afirmação da Bíblia Sagrada traz esclarecimentos para que se conclua
positivamente se um grupo de pessoas será raptado ou arrebatado, “escapando” do
tempo da grande crise chamada de “Grande Tribulação” ou “Tempo de Angústia”.
Em todas as épocas, no passado, ninguém do povo de
Deus foi livre de sofrimentos e aflições. Os profetas de Deus, os apóstolos de
Jesus, os mártires do início do cristianismo e os milhões de vítimas da
inquisição papal na idade média são a prova de que as Sagradas Escrituras são verdadeiras.
Por que seria diferente a experiência para o povo Deus do tempo do fim, no
futuro?
Interrogado por algumas pessoas sobre quando e como
viria o Reino de Deus, Jesus declarou de forma que não pode deixar dúvidas, o
seguinte:
“Porque,
como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até a outro
extremidade, assim será também o Filho do homem no Seu dia” (Lucas 17:24).
Todos veem o clarão de um relâmpago, quando ilumina
o céu com o seu clarão. Assim todos verão o Filho do homem, quando Ele vier com
as nuvens, como está escrito:
“Eis
que Ele vem com as nuvens, e todo o olho O verá...” (Apocalipse 1:7).
Continuando em suas explicações sobre o dia de Sua
vinda, Jesus disse aos Seus discípulos:
“Digo-vos
que naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado, e outro será deixado
(34). Duas estarão juntas, moendo; uma será tomada, e outra será deixada (35).
Dois estarão no campo; um será tomado, e outro será deixado (36). E,
respondendo, disseram-Lhe: Onde, Senhor? E Ele lhes disse: Onde estiver o
corpo, aí se ajuntarão as águias (37)” (Lucas 17:34-37).
Estas palavras têm sido entendidas equivocadamente,
como sendo a separação das pessoas por ocasião da vinda de Jesus, como se
fossem secretamente tiradas, ficando umas e sendo levadas outras. Na verdade, o
que Jesus estava afirmando era a mesma lição dada por meio da parábola do joio
e do trigo (Mateus 13:24-30), quando pessoas estarão convivendo juntas até ao
fim e serão, então, separadas. Uns serão levados e outros serão deixados.
O contexto da passagem bíblica ensina que pessoas
de uma mesma família conviverão juntas até ao fim. Então, serão separadas
irremediavelmente, para destinos diferentes. Esposos, pais e filhos, irmãos, amigos, que conviveram a vida toda, serão separados, uns para a salvação,
transformados e arrebatados para o encontro com Jesus. Outros, fulminados e
mortos pelo esplendor de Sua presença espantosa.
Outro texto esclarece de maneira definitiva, que
Jesus estava se referindo ao dia da Sua vinda visível, gloriosa, corpórea,
quando falou dessa separação entre as pessoas. Esta separação é definitiva e
eterna. Umas serão salvas, arrebatadas, mas não secretamente, e outras serão
deixadas, não vivas, mas mortas pelo esplendor de Sua vinda e não preservadas
para uma nova oportunidade, pois toda a vida na Terra será extinta, como se
verá adiante. O texto similar, esclarecedor, é o seguinte:
“Porque,
assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será
também a vinda do Filho do homem (27). Pois onde estiver o cadáver, aí se
ajuntarão as águias (28)” (Mateus 24:27-28).
O detalhe do “corpo
morto e das águias” nos dois textos revela que Jesus está falando do
mesmo tema, ou seja, do dia de Sua vinda, quando as pessoas que estiverem
juntas serão separadas definitivamente, não num evento secreto, mas num
acontecimento deslumbrante, arrebatador, luminoso, que Ele comparou a um
fulgurante relâmpago que iluminará todo o firmamento, de uma extremidade à
outra, abrangendo toda a Terra.
Os que defendem a crença da volta secreta de Jesus
e do arrebatamento, mencionam um texto das Escrituras como prova da rapidez e
mesmo da instantaneidade deste acontecimento:
"Eis
aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos
transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última
trombeta: porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e
nós seremos transformados" (1Coríntios 15:51-52).
Ora, este texto afirma que a transformação será
instantânea, rápida, num abrir e fechar de olhos. Em momento algum ele afirma
que esta transformação será secreta. Pelo contrário, o apóstolo menciona o
soar da última trombeta, que todos ouvirão. E, mais, falando do mesmo assunto
e da mesma ocasião, ele completa, ensinando:
“Não
quero, porém irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que
não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança (13). Porque, se
cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem,
Deus os tornará a trazer com Ele (na ressurreição) (14). Dizemo-vos, pois,
isto pela Palavra do Senhor: que nós os que ficarmos vivos para a vinda do
Senhor, não precederemos os que dormem (15). Porque o mesmo Senhor descerá do
céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os
que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro (16). Depois nós, os que ficarmos
vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o
Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor (17)" (I Tessalonicenses 4:13-17).
Alarido, voz de arcanjo e trombeta de Deus em
momento algum sugerem silêncio, segredo ou ocultamento. Pelo contrário,
indicam grande estrondo, sepulturas se abrindo, extraordinária agitação, comoção mundial.
O propósito de Jesus não era de afirmar qualquer
natureza secreta relacionada com Sua volta, mas a necessidade de preparo espiritual e vigilância, para aquela ocasião:
"Vigiai,
pois, porque não sabeis a que hora há de vir o Vosso Senhor; mas considerai
isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão,
vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso, estai apercebidos também;
porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis" (Mateus 24:42-44).
Diz o apóstolo:
"Mas,
irmãos, acerca dos tempos e das estações, não necessitais de que se vos
escreva: porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o
ladrão de noite, pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está
grávida; e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas,
para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; não durmamos, pois, como os
demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios" (I
Tessalonicenses 5:1-4 e 6).
O mesmo conselho e advertência são dados por outro
apóstolo, referindo-se ao mesmo extraordinário acontecimento e suas
consequências:
"Mas
o dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com
grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão e a terra, e as obras
que nela há, se queimarão" (II Pedro 3:10).
O dia que virá como o ladrão não representa,
então, o caráter secreto, mas o elemento surpresa para os que estiverem desprevenidos. Ora, pode-se imaginar o grande e terrível espetáculo que será
os céus passarem com grande estrondo e a terra e as obras que nela há se queimarem e seus elementos se desfazerem!
Eis a
repetição dos conselhos e advertências do apóstolo, que são os mesmos de Jesus
e dos outros apóstolos e dos profetas:
"Havendo,
pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato
e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os
céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo se fundirão"? (versos 11 e 12).
Concluindo, pode-se afirmar, com segurança, que o
arrebatamento dos benditos herdeiros da salvação e da vida eterna é detalhado e
esclarecido pela Palavra de Deus e nada
tem de invisível e secreto, mas é o mais extraordinário e maravilhoso
acontecimento da História do Universo e um espetáculo que todo o mundo
assistirá e do qual todos participarão.
Haverá, sim, o arrebatamento “da igreja”, mas este
será visível e não secreto. Os resgatados de Jesus irão encontrar-se com Ele
nas nuvens do céu. Todos os salvos - os
mortos ressuscitados e os vivos transformados -, partirão com Jesus
para o Céu, iniciando o período de mil anos, já revestidos da imortalidade.
COMO FICARÁ A TERRA
DEPOIS DA VINDA DE JESUS?
Multidões de pessoas também acreditam, com sinceridade, que depois do
dia da volta de Jesus a vida continuará a existir na Terra. De acordo com esta
crença, haveria nova oportunidade de salvação para os que ficassem aqui. Não é
isto, entretanto, o que ensinam as Sagradas Escrituras. Este engano, como já
foi dito, poderá se revelar fatal para muitos que repousam numa falsa
esperança. Agora é o momento do preparo para a eternidade.
Retardar a decisão pode ser a ruína para muitos. Ao recusar as ondas da
misericórdia de Deus, adiando aquela que seria a mais importante decisão de
suas vidas, multidões estão desprezando o sacrifício do Calvário, recusando a
vida eterna.
A Palavra de Deus afirma claramente,
de maneira direta e positiva, que toda a vida na Terra será extinta com a vinda
de Jesus. Todas as espécies animais e vegetais serão destruídas. A Terra se transformará numa vasta superfície inóspita, escura e sem vida.
Profundas alterações ambientais terão
lugar com os fenômenos relacionados com o dia do Senhor. Estes fenômenos farão
com que as condições de vida na Terra voltem a ser semelhantes ao que eram
antes de nela ter sido criada a vida.
O profeta, ao ver estas condições, no
futuro, escreveu:
"Observei a Terra, e eis que estava assolada e vazia; e os céus, e não tinham a sua luz. Observei os montes, e eis que estavam tremendo, e todos os outeiros estremeciam. Observei e vi que homem nenhum havia e que todas as aves do céu haviam fugido. Vi também que a terra fértil era um deserto, e que todas as suas cidades estavam derribadas diante do Senhor, diante do furor da Sua ira" (Jeremias 4:23-26).
Eis como era a Terra antes da criação, segundo a Palavra de Deus:
"E a Terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo..." (Gênesis 1:2).
Não apenas os profetas do Antigo Testamento, mas também os apóstolos, no Novo, afirmam categoricamente que a Terra será totalmente consumida pelo fogo:
"Mas os céus e a Terra que agora existem, pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios" (II Pedro 3:7).
O próprio Salvador afirmou, textualmente:
"O céu e a Terra passarão, mas as Minhas palavras não hão de passar" (Mateus 24:35).
O apóstolo S. Pedro confirma o que Jesus afirmou, esclarecendo de que forma se dará este passamento do céu e da Terra:
"Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite: no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a Terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade, aguardando e apressando-vos para a vinda do Filho de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo se fundirão?” (II Pedro 3:10-11).
As palavras do apóstolo não deixam dúvida de que o dia do Senhor é o dia da vinda de Jesus e que nesse dia todas as coisas perecerão, isto é, serão consumidas, destruídas pelo fogo.
O Senhor continua a falar, por intermédio de Seu profeta:
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que o mal sai de nação para nação, e grande tormenta se levantará dos confins da Terra (32). E serão os mortos do Senhor, naquele dia, desde uma extremidade da Terra até à outra extremidade da Terra; não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados, mas serão como estrume sobre a face da Terra (33)" (Jeremias 25: 32-33).
Quando o texto sagrado afirma que os mortos não serão pranteados, nem sepultados, é porque ninguém restará vivo para isto, pois todos estarão mortos. Não apenas os homens, mas também os animais da Terra, as aves e até os peixes, como está escrito, de maneira inquestionável:
"Consumirei por completo tudo sobre a face da Terra, diz o Senhor (2). Consumirei os homens e os animais; consumirei as aves do céu, e os peixes do mar. Os ímpios serão apenas montões de ruínas quando Eu exterminar os homens de sobre a face da Terra, diz o Senhor" (Sofonias 1:2-3).
Estas palavras são por demais claras, para que se tenha alguma dúvida. As pessoas são livres para acreditar nelas, ou delas descrer. Desta escolha serão colhidos, no futuro, resultados eternos. Para escolher a morte é suficiente cruzar os braços e manifestar desinteresse ou indiferença.
Antes de sofrer a destruição final, os que rejeitarem a salvação sofrerão a terrível angústia da consciência culpada e da compreensão da grande
perda sofrida e da grande angústia e pavor do ajuste de contas com Deus:
"E angustiarei os
homens, e eles andarão como cegos porque pecaram contra o Senhor e o seu sangue
se derramará como pó, e a sua carne como esterco (17). A sua prata e o seu ouro
não os poderá livrar no dia do furor do Senhor, mas pelo fogo do Seu zelo toda
a Terra será consumida; porque certamente fará de todos os moradores da
Terra uma destruição rápida e total“ (Sofonias 1:17-18).
Não restará nenhuma nação, nenhuma cidade, nenhuma pessoa viva na
Terra, após a vinda de Jesus. Aqueles que não forem, com Ele, transformados e
trasladados, aqui ficarão, como monturo: mortos e insepultos. Sobrarão, apenas,
desolação e ruínas no planeta reduzido a escombros:
"Exterminei as
nações, as suas fortalezas estão assoladas, fiz desertas as suas praças, a
ponto de não ficar quem passe por elas; as suas cidades foram destruídas, até
não ficar ninguém, até não haver quem as habite" (Sofonias 3:6).
Bom dia!
ResponderExcluirO apóstolo Pedro, foi mais um que entendeu e escreveu pouco de escatologia; aliás, o próprio confessa mais abaixo (2Ped. 3:16) que há “pontos difíceis de entender” nas Escrituras.
Alguém poderia dizer que ele, não poderia errar em suas conclusões, pois era cheio do Espírito Santo. De fato, errar não; mas anunciar uma mensagem “indefinida - em partes”, sim.
É o que aconteceu na sua carta em 2Ped. 3. onde vemos o apóstolo anunciar “uma destruição total dos habitantes e do planeta terra imediatamente à vinda de Jesus; quando na verdade, o profeta Isaías coloca essa mesma passagem, como uma “assolação”, não total da terra com seus habitantes, MAS PARCIAL (Isa. 6:11 a 13).
João, também deixou claro no seu Apocalipse, que o planeta terra não será aniquilado na vinda de Jesus, e nem tampouco durante o desenrolar do Grande dia do Senhor; sem que antes sejam cumpridos vários eventos proféticos:
1-Vinda de Jesus (Apoc. 6:12 a 17).
2-Assinalação dos 144 mil israelitas (Apoc. 7).
3-Os tempos das seis trombetas das pragas (Apoc. 8).
4-A ressurreição/arrebatamento ante os dias da Sétima trombeta (Apoc. 10:7n - 11:15).
5-O derramar das sete taças da Ira de Deus (Apoc. 15).
6-A Batalha do Armagedom (Apoc. 19:11 a 21).
7-O tribunal de Cristo (Mat. 25:31).
8-As Bodas do Cordeiro (Apoc. 19:7).
9-O Reino Milenar de Cristo e a Igreja sobre a terra (Apoc. 5:10 – 20:1 a 5).
10-O Juízo Final – Trono Branco (Apoc. 20:11 a 15).
Somente depois destes eventos, que finalmente o planeta terra será aniquilado e desaparecerá (Apoc. 21).
Concluindo: Entre as mensagens escatológicas, “em parte” de Pedro, e a mensagem “completa” de João, devemos sempre firmar nossa fé, naquela que é mais rica em detalhes, para não ensinarmos uma interpretação errônea, como fazem os grupos teológicos Amilenista e Pós-milenistas, que acreditam que imediatamente à vinda de Jesus, o planeta terra será todo destruído.
Jaime e Júlio – Email: Jaime.ap@hotmail.com