AS
DUAS TESTEMUNHAS, OS 144.000, O TERCEIRO ANJO
As “duas testemunhas” são os pregoeiros da justiça que nos últimos dias darão a mensagem de salvação ao mundo e encherão a Terra com a glória de sua mensagem. Eles são identificados na profecia sagrada como sendo O “Terceiro Anjo”, um grupo simbólico de “cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham o nome do Cordeiro e de Seu Pai” (Apocalipse 14:1). Sua mensagem promoverá a restauração das sagradas verdades do Evangelho Eterno em todo o mundo antes da volta de Jesus e será levada por dois grupos de pessoas que "guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus" (Apocalipse 14:12), ou seja, guardadores do sábado e cristãos convictos e verdadeiros, provavelmente de judeus convertidos ao cristianismo e cristãos adventistas remanescentes e fiéis.
O Capítulo 11 do livro do Apocalipse faz um
relato de dois personagens que são identificados como “Minhas Duas
Testemunhas”. O texto tem sido interpretado como se referindo às Sagradas
Escrituras e a perseguição que elas sofreram no passado, durante o período de
domínio papal da Idade Média e notadamente durante o “reinado de terror” da
Revolução Francesa. Este estudo,
contudo, faz do texto uma nova aplicação, literal e futura, embora não descarte
esta aplicação histórica.
O futuro
domínio papal abrangerá toda a Terra. Pessoas de todas as nações, em todo o
mundo - todos os que forem contrários à sua orientação e não aceitarem o seu
sinal – sofrerão perseguição atroz: “E foi-lhe permitido fazer guerra aos
santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a Terra...”
(Apocalipse 13:7 e 8).
O texto não
comporta dúvidas. A única exceção à adoração da besta papal são os dois grupos
que escolheram adorar “Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes
das águas” e “que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (Apocalipse
14:7 e 12) e que, por isso mesmo, serão perseguidos. Estes são o objeto desse
estudo, as duas testemunhas mencionadas no livro da Revelação.
As duas interpretações podem se harmonizar dentro
de uma visão tipológica, uma no cenário histórico como o “tipo” e outra num
cenário escatológico que revela a participação do povo remanescente de Deus nos
últimos acontecimentos da História e as grandes tribulações que enfrentarão num
mundo hostil e condenado. O texto bíblico é o seguinte, consolidado da fusão de 12 diferentes
versões, na busca do relato original, de acordo com o propósito do Revelador:
E foi-me dada
uma cana semelhante a uma vara de medir; e veio o anjo, e disse: Levanta-te, e
mede o santuário de Deus, o altar e conta os que estão adorando nele (1). Quanto
ao átrio que está fora do santuário, não o meças, pois ele foi dado aos gentios
[Heb.: “doyim”, estranhos], que pisarão a cidade de Jerusalém por quarenta e
dois meses (2). E farei que as minhas duas testemunhas profetizem com poder,
durante mil duzentos e sessenta dias, como vestidas de pano de saco (3). Estas
testemunhas simbolizam as oliveiras e os dois candelabros que permanecem diante
do Senhor da Terra (4). Caso alguém queira lhes fazer mal, sai de sua boca fogo
que devora seus inimigos; sim, se alguém quiser causar-lhes dano, é assim, pelo fogo, que deverá morrer (5).
Estas pessoas têm o poder para fechar o céu, para que não caia nenhuma chuva
durante o tempo em que estiverem profetizando; elas também têm autoridade para
transformar água em sangue e de ferir a Terra com todo tipo de flagelos, tantas
vezes quantas quiserem (6). Quando terminarem a sua pregação e o seu
testemunho, a besta que sobe do abismo combaterá contra elas, irá vencê-las e
decretar a sua morte (7). E elas estarão expostas na praça da grande cidade que
se chama simbolicamente, como reflexo de sua condição espiritual, Sodoma e
Egito, onde o seu Senhor foi crucificado (8). E homens de todo o mundo estarão
atentos a elas, por um período de três dias e meio, mas elas não serão
sepultadas [mortas] (9). Os que habitam na Terra se
rejubilaram com isso, se alegraram e trocaram presentes, pois estes dois profetas haviam atormentado os habitantes
da Terra (10). Mas, depois daqueles três dias e meio entrou neles um sopro de
vida vindo de Deus, e eles se puseram em pé; e um grande terror tomou conta de
todos os que os viram (11). Ouvi então uma voz forte do Céu que lhes dizia:
“Subam para aqui!” E subiram para o Céu em uma nuvem, e os seus inimigos os contemplaram aterrorizados (12).
Naquela mesma hora houve um grande terremoto, e a décima parte da cidade ruiu.
Sete mil homens foram mortos no terremoto; e os que não morreram deram glória
ao Deus do céu (13). É passado o segundo ai; eis que o terceiro ai logo virá
(4).
O
entendimento de que esta profecia está no futuro é porque ela se cumprirá num
período de três anos e meio, que terá início na abertura do sexto selo que
marca o início do juízo dos vivos; o período continua durante toda a pregação
da mensagem do terceiro anjo, passa pelo fim do juízo e o encerramento da
graça, prossegue durante os flagelos que assolarão a humanidade e termina no
dia da volta de Jesus.
Vamos
buscar o real significado da profecia, analisando as duas interpretações, a
começar por sua aplicação futura, verso por verso, em todos os seus detalhes,
com o devido cuidado que se deve ter pela natureza sagrada da Revelação de
Jesus.
1. E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara
de medir; e veio o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o santuário de Deus, o
altar e conta os que estão adorando nele.
Cana de medir deve ser um
objeto existente na época do profeta que equivalha hoje a um instrumento
existente nas lojas que vendem tecidos. Medir qual santuário? Certamente a
referência é ao Santuário Celestial, onde se procede ao juízo pré-advento.
Contar os que estão adorando
deve ser o registro e selamento dos seus nomes no Livro da Vida, pois o tempo
do verbo não sugere julgamento de mortos, mas de vivos.
A palavra “medir” está em
conexão com a palavra julgar, conforme exemplificou Jesus em seus ensinos,
quando afirmou: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis
julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos medirão a vós”
(Mateus 7:1-2)
2. Quanto ao
átrio que está fora do santuário, não o meças, pois ele foi dado aos gentios [Heb.: “doyim”,
estranhos], que
pisarão a cidade de Jerusalém por quarenta e dois meses.
O período
do seu testemunho abrange desde o período em que Jerusalém for pisada pelos
gentios – a “Abominação da Desolação de que falou o profeta Daniel” –, ou seja,
o período em que a Besta papal reinará sobre o mundo a partir da Cidade Santa.
Este período em que o papa dominará sobre toda a Terra será de 42 meses, 1.260
dias ou três anos e meio literais, quando o bispo de Roma estará pisando
Jerusalém, contaminando-a por seu domínio profano e abominável, até que se
complete o seu tempo (Lucas 21:24).
Os que estão fora do
Santuário, os estranhos ou gentios, representados por aqueles que praticam
iniquidade, não serão medidos ou julgados nesta fase do juízo. Jesus em suas
últimas instruções aos Seus discípulos afirmou que Jerusalém será pisada pelos
gentios, até que os tempos dos
gentios se completem (Lucas 21:24). Esse tempo, é importante repetir,
será de 42 meses literais, quando os gentios pisarão a cidade santa. E é o
período em que o papa Francisco governará o mundo, não de Roma, a sede do
Estado do Vaticano, e nem de Nova Iorque, onde fica a sede da ONU, mas de
Jerusalém. Esse poder ser-lhe-á concedido pelas Nações Unidas, através do seu
Conselho de Segurança (Apocalipse 17:12; 13:5), pois é ali que ele assentará as
tendas do seu palácio, como gestor da nova ordem política, econômica e ambiental que será implantada no mundo
(Daniel 11:45).
3. E farei que
as minhas duas testemunhas profetizem com poder, durante mil duzentos
e sessenta dias, como vestidas de pano de saco.
Esse período é igual ao
anterior (42 meses), ou seja, é um período de três anos e meio, mas não é, necessariamente,
o mesmo período, podendo os dois ter início e fim diferentes, pois o primeiro
indica o início do governo papal e o segundo identifica o início da pregação
das duas testemunhas, debaixo de toda sorte de oposição e dificuldades.
Esse poder
é representado pelo derramamento do Espírito Santo que capacitará estes Seus
instrumentos humanos a dar com extraordinário vigor e convicção a última
mensagem para o mundo, assim como um grupo de discípulos de Jesus, há dois mil
anos, no início da pregação do Evangelho, foi capacitado para pregar uma
mensagem que parecia loucura: a mensagem de um condenado à morte na cruz, que
eles alegavam ser Deus.
Estas testemunhas são
mostradas como estando vestidas de saco, mas profetizando com poder. Isto
significa que mesmo debaixo de tribulações, tristezas e perseguição elas
pregarão o Evangelho do Reino pelo poder do Espírito Santo na chamada “chuva
serôdia”, em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, antes que venha o
fim (Mateus 24:14). Esta pregação só faz sentido enquanto dure o julgamento no
Santuário, pois quando ele terminar não haverá mais oportunidade de salvação. E
faz sentido, também, acreditar que o derramamento do Espírito Santo seja
simultâneo ao selamento e que aconteça quando as pessoas forem sendo julgadas,
seladas e registradas definitivamente no Livro da Vida, separadas para a eterna
salvação.
4. Estas
testemunhas simbolizam as oliveiras e os dois candelabros que permanecem
diante do Senhor de toda a Terra.
Em harmonia com o
testemunho dos fiéis remanescentes do povo de Deus no futuro próximo e de
acordo com a Palavra de Deus, parece coerente imaginar que a tradução mais
adequada ao texto em análise seja que estas pessoas sejam as mesmas que Jesus
mencionou que seriam levadas diante dos reis da Terra, ou dos governantes do
mundo. Em vez de verter o texto original para “diante do Senhor de toda a Terra” ele seria mais bem traduzido para
“diante de todos os senhores da Terra”.
E a palavra: prevalecem, em
lugar de permanecem. Jesus
afirmou o que aconteceria a estas pessoas, antes dos eventos espantosos que
irão assombrar o mundo no tempo dos flagelos (trombetas e pragas):
“Mas antes de
todas estas coisas lançarão mão de vós, e vos perseguirão, entregando-vos às
sinagogas e às prisões, e conduzindo-vos à presença de reis e presidentes
(os senhores da Terra), por amor do Meu
nome. E vos acontecerá isto para testemunho” (Lucas
21:12-13).
Soa estranho e parece sem
sentido a permanência diante do Senhor da Terra, referindo-se ao Deus do
Universo. Esses pregadores, na plenitude do Espírito, estarão na verdade é
diante das autoridades do mundo, dando a razão de sua fé e servindo-lhes de testemunho,
para que muitos conheçam o Evangelho e sejam salvos.
5. Caso alguém
queira lhes fazer mal, sai de sua boca fogo que devora seus inimigos; sim, se
alguém quiser causar-lhes dano,
é assim, pelo fogo, que deverá morrer.
Jesus prenunciou que
todas as Suas testemunhas serão odiadas por causa do Seu nome, e que muitos
serão entregues à prisão e até mesmo à morte e por esta razão é que são
considerados bem-aventurados (Lucas 21:16-17; Apocalipse 14:13), mas que depois
do fim do juízo e da graça, no tempo de angústia e da grande tribulação não perecerá um único cabelo das suas cabeças (Lucas
21:18), porque na sua paciência está a sua vida (Lucas 21:19; Apocalipse
14:12).
Muitos dos fiéis servos
de Deus perecerão, na verdade, mas os seus assassinos ou os que lhes causarem qualquer
dano certamente sofrerão a segunda morte pelo fogo que consumirá todos os ímpios
e Satanás e os seus anjos no lago de fogo, o mesmo fogo que purificará a Terra
no final de tudo. (Apocalipse 20:10, 14-15).
6. Estas
pessoas têm o poder para fechar o céu, para que não caia nenhuma chuva
durante o tempo em que estiverem profetizando; elas também têm autoridade para
transformar água em sangue e de ferir a Terra com todo tipo de flagelos, tantas
vezes quantas quiserem.
O poder mencionado é o poder de Deus, por meio do
Espírito Santo. O próprio Senhor Jesus afirmou que Ele, como homem, não podia
fazer coisa alguma de Si mesmo (João 5:30) e que qualquer discípulo Seu, pela
fé e pelo Espírito, poderia fazer coisas ainda maiores do que as que Ele fez
(João 14:12). Isto se cumpriu parcialmente quando o Espírito Santo desceu sobre
os Seus discípulos no dia da festa de Pentecostes. Tudo se cumpriu como Jesus
havia dito. Milagres extraordinários foram realizados por eles.
O texto profético faz
referência ao poder que no passado foi conferido aos profetas de Deus,
especialmente referindo-se a Elias e Moisés. O primeiro, “homem sujeito às
mesmas paixões que nós que, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e
seis meses, não choveu sobre a terra (Tiago 5:17), É muito significativa a
referência ao período mencionado no verso citado e ao poder
conferido de impedir a chuva, pois têm sentido semelhante e igual abrangência:
três anos e meio.
Esse mesmo poder será no
futuro manifestado sobre as testemunhas de Jesus, como nunca ocorreu no passado.
A Palavra de Deus afirma que nessa época elas resistirão com firmeza aos
enganos e mentiras do poder dominante e farão proezas como as que são
mencionadas no versículo citado.
Falando sobre o rei da Terra e os fiéis
remanescentes nessa época, Daniel escreve:
“Com lisonjas e
mentiras ele (o papa Francisco, este rei) enganará os que tiverem abandonado a Eterna Aliança, mas o
povo que conhece o seu Deus resistirá com firmeza e fará proezas”
(Daniel 11:32).
Sua pregação e testemunho
chegarão ao fim depois de três anos e meio, quando terminar o julgamento dos
justos, no Santuário Celestial.
7. Quando
terminarem a sua pregação e o seu testemunho, a besta que sobe do abismo
combaterá contra elas, irá
vencê-las e decretar a sua morte.
A besta que sobe do abismo é Satanás, que irá personificar a Jesus (Apocalipse
9:1-3 e 11) e dominará sobre a Terra. Inúmeros textos atestam a aparente
vitória do poder das trevas sobre as fiéis testemunhas:
“E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los” (Apocalipse 13:7).
“Foi-lhe concedido também que desse fôlego à imagem da besta para que
ela falasse e fizesse que fossem
mortos todos os que não adorassem a imagem da besta“ (Apocalipse
13:15).
“Quando tiverem acabado de destruir
o poder do povo santo todas estas coisas serão cumpridas” (Daniel
12:7).
8. E elas
estarão expostas na praça da grande cidade que se chama simbolicamente, como
reflexo de sua condição espiritual, Sodoma e Egito, onde o seu Senhor foi
crucificado.
A cidade onde o seu
Senhor foi crucificado é Jerusalém, sem sombra de dúvidas. Nada pode tirar a
clareza desta afirmação. Se for levada em conta a afirmação de que onde existir
qualquer injustiça contra “um destes pequeninos irmãos” (Mateus 25:40) é como
se Jesus ali fosse crucificado, pode-se afirmar, então, que em cada cidade e em
todo vilarejo neste mundo, também “o seu Senhor foi crucificado, pois não
existe nenhum lugar em que não ocorram estas injustiças contra inocentes.
Resta, então, a afirmação
firme e clara de que a cidade referida não é Paris, Las Vegas ou Kobo, cidades
reconhecidamente devassas, mas a cidade de Jerusalém, onde o seu Senhor foi
crucificado, literalmente.
9. “E homens de
todo o mundo estarão atentos a elas, por um período de três dias e meio, mas
elas não serão sepultadas [mortas] (9).”
Três dias e meio é um
período de oitenta e quatro horas, literalmente.
10. Os que
habitam na Terra se rejubilaram com isso, se alegraram e trocaram presentes,
pois estes dois
profetas haviam atormentado os habitantes da Terra.
Todos os
poderes congregados, então, apoiados pelos reis de todo o mundo – as maiores
autoridades do planeta - irão promulgar um decreto de morte, visando à sua
completa extinção. Tal será a extensão do apoio mundial a essa iniciativa que
parecerá não haver escapatória para eles. Serão considerados já como se
estivessem mortos. O prazo que a Palavra de Deus sugere para a execução desse
decreto é curtíssimo: Três dias e meio ou 84 horas que, presumivelmente, será o
período de sua mais aguda aflição, por ela chamado de “angústia de Jacó”.
Toda a
atenção da mídia mundial se concentrará no fim do prazo dado a eles. Parece
evidente que o decreto foi emitido em Jerusalém, a cidade onde tudo começou e
onde tudo vai terminar. Enquanto não chega a hora de se cumprir o decreto fatal
os ímpios habitantes da Terra muito se alegrarão com o esperado desfecho da
terrível iniciativa. A pregação das sagradas mensagens angélicas que denunciava
os pecados de Babilônia muito os tinha afligido e molestado, acusando-lhes a
consciência culpada. Agora se sentiam
aliviados por fazerem calar as vozes que tanto aborreciam.
É compreensível que as
pessoas se alegrem quando se livram de desafetos e de pessoas importunas.
Durante mais de três anos os guardadores do sábado foram repudiados e odiados
por sua mensagem que condenava as práticas de um mundo corrupto e mau. Essa
mensagem de salvação tirou a paz de consciências culpadas.
É razoável que todo o
mundo comemore ao saber que todo esse povo de estilo de vida diferente e santo tenha sido considerado culpado
pelas tragédias que sobrevieram à Terra e por isso sejam condenados à morte. Mas
não é lógico e racional que troquem presentes por causa disto. Por que a Revelação menciona o fato de que
todos os que habitam na Terra trocaram presentes nessa ocasião?
É possível que o
Revelador queira mostrar, no detalhe, a época em que este Decreto seja assinado
ou a data em que deva ser cumprido.
Houve no passado um precedente semelhante
na história do povo de Deus, com um decreto do rei da Pérsia condenando à morte
todos os judeus, ordenando que destruíssem e matassem num mesmo dia a todos,
jovens, velhos, crianças e mulheres (Ester 3:13).
O futuro decreto de morte
que pretende erradicar a seita maldita deverá ser executado num determinado
dia. O detalhe é que nesse dia pessoas de todo o mundo estarão trocando
presentes entre si. E qual é o dia em que pessoas de todos os lugares, de todas
as raças, classes sociais, religiões e em todas as partes do mundo trocam
presentes entre si? A resposta é uma só: O
natal é esta data. Se
ria num dia de natal que
o decreto de morte aos guardadores do sábado deverá ser cumprido?
Mas o principal detalhe é
que as testemunhas não serão sepultadas e a razão é uma só: Elas não serão
mortas. Parecerá que não haverá escape para eles e as evidências de sua
aniquilação são tão claras que já podem ser considerados mortos. Mas, assim
como no passado a Providência divina não permitiu que o seu povo fosse
destruído, também agora Deus não permitirá que isso aconteça com o Seu
remanescente e os livrará na última hora.
Finalmente, no auge de sua angústia, quando tudo parecer perdido, em vez da morte certa esperada por todos, o mundo será surpreendido pelo anúncio do dia e da hora da vinda do Senhor, que antecederá a visão de Sua espantosa presença nas nuvens, ladeado por incontáveis miríades de anjos. Nesse dia o terror que os ímpios habitantes da Terra irão sentir somente poderá ser medido pela alegria e sentimento de gratidão e louvor que dominarão aqueles cujo maior sonho estará sendo realizado.
11. Mas, depois
daqueles três dias e meio entrou neles um sopro de vida vindo de Deus, e eles
se puseram em pé; e um grande terror tomou conta de todos os que os viram.
O sinal do seu livramento
virá do Céu. Quando tudo parecer perdido a voz de Deus será ouvida e em tons
claros irá revelar o dia e a hora da volta de Jesus.
“Quando a proteção das
leis humanas for retirada dos que honram a lei de Deus, haverá nos diferentes
países, um movimento simultâneo com o fim de destruí-los. Aproximando-se o
tempo indicado no decreto, o povo conspirará para desarraigar a odiada seita.
Resolver-se-á dar em uma noite um golpe decisivo, que faça silenciar por
completo a voz de dissentimento e reprovação” (Ellen G. White, O Grande
Conflito, Cpb, pag. 635).
Grande número de mártires
não tiveram suas vidas por preciosas e morreram durante a pregação de sua gloriosa mensagem. Todos estes ressuscitarão antes da volta de Jesus, para
ouvir a voz de Deus estabelecendo o dia e a hora da volta do Salvador e
estabelecer o seu concerto eterno de paz com as Suas fiéis testemunhas. Eles
retornarão à vida numa ressurreição especial, assim descrita:
“Todos
os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados, para
ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que
guardaram a Sua lei” (O Grande Conflito, pag. 637).
À meia-noite - do horário
de Jerusalém -, do dia em que o decreto de morte deverá ser executado é que
acontece o livramento de todos os que estavam condenados à morte.
“É à meia-noite que o
Senhor manifesta o Seu poder para o livramento de Seu povo. O sol aparece
resplandecendo em sua força. Sinais e maravilhas se seguem em rápida sucessão.
Os ímpios contemplam a cena com terror e espanto, enquanto os justos veem com
solene alegria os sinais de seu livramento. Tudo na natureza parece desviado do
curso. As correntes de água deixam de fluir. Nuvens negras e pesadas sobem e
chocam-se umas nas outras. Em meio dos céus agitados, acha-se um espaço claro
de glória indescritível, donde vem a voz de Deus como o som de muitas águas,
dizendo: ‘Está feito’.” (O Grande Conflito, pag. 636)
“A voz de Deus é ouvida no Céu, declarando o dia e a hora da vinda de
Jesus e estabelecendo concerto eterno com Seu povo. Semelhantes a
estrondos do mais forte trovão Suas palavras ecoam pela Terra inteira. O
Israel de Deus fica a ouvir, com o olhar fixo no alto. Tem o semblante
iluminado com a Sua glória, brilhante como o rosto de Moisés quando desceu do
Sinai. Os ímpios não podem olhar para eles. E, quando se pronuncia a bênção
sobre os que honraram a Deus, santificando o Seu sábado, há uma grande
aclamação de vitória” (O Grande Conflito, pag. 640).
Este acontecimento está
registrado na profecia sagrada:
“Bem-aventurado
o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias” (Daniel 12:12).
Nota:
Apenas para ilustração podemos
imaginar, por exemplo, que o decreto de morte seja assinado na cidade de
Jerusalém ao meio-dia de 21 de dezembro de 2020. E que ele se cumpra à zero
hora ou meia-noite do dia 25, no natal daquele ano. Serão três dias e meio,
como anuncia a profecia, se cumprida nessas condições. É apenas uma suposição,
uma ideia. O tempo está próximo e pode-se aguardar para ver se ela tem algum
fundamento.
Existem detalhes interessantes
que podem ser tirados a partir dessa conclusão. Por exemplo, se isso se
cumprir, o livramento do povo de Deus é a revelação do dia e da hora da volta
de Jesus, naquele natal. Por simples cálculos aritméticos, retroagindo-se 1.335
dias dessa data, chega-se à data de 30 de abril de 2017, que deverá ser a data
em que o papa Francisco deverá ser entronizado como governador supremo da
Terra.
Pode-se dizer que isso é
uma fantasia. E pode ser, realmente, mas é apenas uma ideia que não põe nada a
perder caso não se confirme. É um exercício de imaginação que será colocado à
prova dentro de poucos dias.
12. Ouvi então
uma voz forte do Céu que lhes dizia: “Subam para aqui!” E subiram para o Céu em uma nuvem, e os seus inimigos os
contemplaram aterrorizados.
As datas antes apresentadas
podem ser um exercício de imaginação. Mas as afirmações que as acompanham não o
são. Numa data não muito distante daquele natal se consumará a história da
redenção humana. A voz que convida o povo redimido é a voz de Jesus, voltando
nas nuvens do céu com poder e grande glória, na companhia dos Seus anjos, chamando os Seus filhos para que subam ao Seu encontro para nunca mais se
separarem.
Jesus não
tocará a Terra, mas permanecerá na nuvem, de onde chamará os Seus filhos
resgatados, com voz poderosa, para subirem até onde Ele está. As suas duas testemunhas, representadas pelos
que não experimentarão a morte, são os que passaram incólumes pelo tempo das
aflições, receberam o ataque dos poderes do mal e foram oprimidos, mas foi
assim que lavaram as suas vestiduras e as branquearam no sangue do Cordeiro
(Daniel 11:35; 12:10 e Apocalipse 13:7; 22:14). Eles se reunirão com todos os
mortos que serão ressuscitados naquela ocasião e, juntos, “seremos arrebatados
com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos para
sempre com o Senhor” (I Tessalonicenses 4:17).
Nessa ocasião um terror
mortal tomará conta de todos os que, não tendo sido transformados, serão “aniquilados
pelo esplendor da Sua vinda” (II Tessalonicenses 2:8)..
13. Naquela
mesma hora houve um grande terremoto, e a décima parte da cidade ruiu.
Sete mil homens foram mortos no terremoto; e os que não morreram deram glória
ao Deus do céu.
Ocorrerá, então, o mais terrível e devastador terremoto que avassalará a
Terra. Nenhum dos ímpios habitantes do planeta sobreviverá. Todos serão mortos.
A expressão “sete mil homens” é uma expressão bíblica simbólica, já utilizada
antes na Palavra de Deus, que sinaliza para um número imponderável ou uma
quantidade que não se pode medir. Todos morrerão, à exceção das duas
testemunhas de Deus, os dois grupos de Seus filhos fiéis que permaneceram
incontaminados e que “darão glória ao Deus do Céu” (Apocalipse 11:13) pela
grande vitória alcançada e a consumação de todos os seus sonhos e de sua
esperança maior: a volta de Jesus, o Seu senhor.
Este grande
terremoto é o que menciona a Revelação:
“O sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e uma forte
voz saiu do santuário, vinda do trono, dizendo: Está feito! (17). Houve, então,
relâmpagos, vozes, trovões e um grande terremoto, tão grande e tão forte
como nunca tinha havido desde que o homem existe sobre a Terra” (18) (Apocalipse 16:17-18).
“Sete mil
homens” é um número
simbólico que sinaliza totalidade, cujo precedente pode ser encontrado na
Bíblia. Quando Elias imaginou-se só na fidelidade a Deus, foi-lhe mostrado que
existia uma multidão de pessoas que haviam permanecido fiéis a Jeová e que não
haviam dobrado seus joelhos a Baal. Sete mil é o número simbólico que foi
utilizado por Deus para identificar esse povo (I Reis 19:18). O número sete é representado nas Sagradas Escrituras como um número de plenitude, de
totalidade. E a palavra “mil” expressa uma condição de abrangência. De acordo
com o contexto e o conhecimento dos resultados no versículo em análise, o
significado da palavra “sete mil” é o de que as pessoas que não subiram para
encontrar o seu Senhor nos ares foram mortas em sua totalidade.
14. É passado o
segundo ai; eis que o terceiro ai logo virá.
Este
versículo detalha o fato de que esses acontecimentos fazem parte do contexto
escatológico do sexto flagelo, mencionado pela sexta trombeta. E as trombetas, segundo ela, estão claramente no futuro:
"Solenes acontecimentos ainda ocorrerão diante de nós. Soará uma trombeta após a outra, uma taça após a outra será derramada sucessivamente sobre os habitantes da Terra. Cenas de estupendo interesse se acham precisamente diante de nós". (3 Mensagens Escolhidas, pag. 426).
Poderiam existir palavras mais claras do que estas para estabelecer definitivamente em que período do tempo os acontecimentos das trombetas se situam?
"Solenes acontecimentos ainda ocorrerão diante de nós. Soará uma trombeta após a outra, uma taça após a outra será derramada sucessivamente sobre os habitantes da Terra. Cenas de estupendo interesse se acham precisamente diante de nós". (3 Mensagens Escolhidas, pag. 426).
Poderiam existir palavras mais claras do que estas para estabelecer definitivamente em que período do tempo os acontecimentos das trombetas se situam?
UMA APLICAÇÃO HISTÓRICA, NA INTERPRETAÇÃO DAS
DUAS TESTEMUNHAS
Esta profecia foi aplicada por Ellen G. White
primariamente à perseguição às Sagradas Escrituras e à sua supressão durante a
Revolução Francesa. O Capítulo 15 do livro O Grande Conflito – “A Escritura
Sagrada e a Revolução Francesa” – Páginas 265 a 288, detalha a aplicação
histórica que ela fez, de maneira primária e simbólica, do texto profético. Mas
ela mesma afirma, repetidas vezes, que “a história irá se repetir” e que muitas
profecias têm mais de uma aplicação ou cumprimento, no curso do tempo e da
História.
Ela mesma afirma em seus escritos, na obra citada,
que os flagelos representados por trombetas e pragas estão no futuro e
ocorrerão somente após o fim do julgamento dos salvos, ao Jesus terminar Sua
obra expiatória no Santuário do Céu e lançar o incensário sobre a Terra,
encerrando o tempo de graça para o mundo. Somente então será permitido a
Satanás “mergulhar os habitantes da Terra em uma grande angústia final, ao cessarem os
anjos de Deus de conter os ventos impetuosos das paixões humanas” (O Grande
Conflito, pag. 614, ref. em Eventos Finais, pag. 206).
Bom dia. O irmão é de Goiânia? me lembro de uma semana de oração no parque atheneu sobre profecias e o orador parece muito com o senhor. Obrigado.
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