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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

AS 7 IGREJAS SIMBÓLICAS - Pérgamo, a Igreja dos Imperadores



PÉRGAMO, A TERCEIRA IGREJA-A Igreja dos Imperadores

Em Sua carta a Pérgamo, a terceira igreja simbólica, Jesus identificou a cidade onde Satanás habita e onde está o seu trono e destacou a crescente idolatria e afastamento das verdades do Evangelho Eterno. Esse período começou com o fim da perseguição ao cristianismo pela assinatura do Edito de Tolerância, em 313. É o período em que os imperadores romanos dominaram sobre a igreja. Ele vai até ao ano de 538, quando este domínio passou a ser exercido pelos papas. Pérgamo significa “elevação” e mostra a mudança de status da igreja, da pobreza para a riqueza, dos calabouços para os palácios.


Apocalipse 2:12-17

12. Ao anjo da igreja de Pérgamo, escreve: Isto diz Aquele que tem a espada afiada de dois gumes.
13. Sei onde tu habitas, que é onde está o trono de Satanás. Contudo, conservas o meu nome e não negaste a minha fé, mesmo nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, que foi morto entre vós, onde Satanás habita.
14. Tenho, porém, algumas coisas contra ti, porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, que ensinava Balaque a armar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem.
15. Assim tens também alguns que seguem a doutrina dos nicolaítas.
16. Arrepende-te, pois, porque se não, virei em breve para combater com a espada da minha boca.
17. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor darei do maná escondido. Também lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, conhecido apenas por aquele que o recebe.

Inequivocamente esta carta identifica a cidade de Roma, palco onde se desenrolaram todos os acontecimentos citados, e que é o local onde Satanás habita e onde está o seu trono, conforme as palavras de Jesus. A menção à passagem bíblica que cita os personagens Balaque e Balaão mostra o desvio da sã doutrina da Bíblia Sagrada para o culto idolátrico do paganismo; da verdade das Escrituras para a superstição e tradição adotada e cultivada pelos homens, sem a aprovação de Deus.

A terceira carta, dirigida à igreja de Pérgamo, marca o início da elevação da igreja, em todos os sentidos - menos o espiritual - ou a dramática mudança da sua condição de pobreza, pureza e humildade e de objeto de escárnio e perseguição, para a de riqueza, orgulho, honra e poder. É a igreja dos imperadores. 

O período de Pérgamo tem início com a conveniente “conversão” do imperador Constantino ao cristianismo. Esse período é o de domínio absoluto dos imperadores romanos e sua interferência nos negócios internos e religiosos da igreja. Nesses dois séculos alguns deles se destacaram especialmente e de forma decidida na história do cristianismo, e dentre estes os maiores foram Constantino, Teodósio e Justiniano.
Nesse período, os chamados “Pais da Igreja” foram comparados na carta de Jesus a Balaão, por lançar tropeços diante dos filhos de Deus e induzi-los à prostituição espiritual, principalmente à idolatria e ao desvio dos princípios do Evangelho Eterno.
Os pretensamente grandes teólogos seguiram o caminho dos seus antecessores chamados por Jesus de mentirosos, falsos apóstolos, blasfemadores e falsos judeus, que deixando o ensino dos profetas e apóstolos hebreus construíram o que Ele chamou de “a Sinagoga de Satanás”, tendo como alicerces a filosofia pagã dos sábios gregos e a tradição de homens iníquos, inimigos de Deus e de Sua lei.
Personagens que influenciaram o período:

O Imperador Constantino
Constantino I, (272-337) - Também conhecido como Constantino Magno ou Constantino, o Grande, foi um imperador romano, proclamado Augusto pelas suas tropas em 25 de julho de 306, que governou uma porção crescente do Império Romano até a sua morte.

O Edito de Milão, que acabou com a perseguição aos cristãos foi promulgado por Constantino em 313 e é conhecido como Edito de Tolerância.  Ele concedeu liberdade de culto a todas as religiões. O próprio imperador, por conveniência e interesse político, aderiu ao cristianismo e assumiu, decididamente, a liderança da igreja cristã. Ele ostentava, entre os seus títulos, o de “O Décimo Terceiro Apóstolo”, mesmo sendo um homicida cruel, licencioso e sanguinário.
Mesmo depois de sua pretensa conversão, a História revela que ele mandou assassinar quatro pessoas de sua própria família: o filho – Crispo -, e sua segunda esposa, Fausta, por ciúmes, acusados por ele de incesto; e Licínio, o cunhado com quem dividia o governo, e seu filho Liciniano (sobrinho do imperador), ambos assassinados por interesse político.
No dia 7 de março do ano 321 Constantino, devoto do deus-sol, promulgou um decreto estabelecendo a obrigatoriedade de todo cidadão do império guardar o dies solis, o dia do sol, ou o primeiro dia da semana, dia que era separado para homenagem daquele deus pagão. Esse decreto fez com que a guarda desse dia fosse obrigatoriamente observada por todos os cidadãos do império. Ainda nos dias de hoje este dia é reconhecido em muitos idiomas importantes, como o inglês (Sunday), alemão (Sontagg) e japonês (Nichiyoubi), entre muitos outros, como o dia do sol.
Esse decreto dominical, o primeiro da história, chamado Édito de Constantino, determinava textualmente: "Que todos os juízes, e todos os habitantes da Cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do sol. Não obstante, atendam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer amiúde que nenhum outro dia é tão adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo céu." (Codex Justinianus, lib. 13, it. 12, par 2).

Foi Constantino, também, quem convocou e presidiu o primeiro concílio da igreja de Roma, em Niceia - no ano de 325 - que entre outros dogmas estabeleceu o credo niceno, que perdura até hoje e incluiu entre as doutrinas da igreja o dia que ele havia decretado como devendo ser observado e guardado - o primeiro dia da semana, ou o venerável dia do deus-sol, confirmando na esfera religiosa o que decretara na esfera política.  O domingo pagão começou, assim, a prevalecer sobre o sábado bíblico.
Alguns anos depois, o Concílio de Laodiceia, realizado no ano de 364 reconfirmava a guarda do domingo que foi definitivamente incorporada à igreja e anatematizava a guarda do sábado através do Cânon 29, em vigor até hoje e que estabelece:  
“Os cristãos não devem judaizar e descansar no sábado, mas sim trabalhar nesse dia; devem honrar e descansar se possível, como cristãos. Se, entretanto, forem encontrados judaizando, sejam excomungados por Cristo”.
Judaizar era a palavra utilizada para nominar todas as práticas do judaísmo e exorcizá-las do cristianismo, com o propósito de tirar qualquer vínculo que identificasse os cristãos com os judeus. Foi assim que alguns dos principais símbolos, festas e ordenanças que foram estabelecidos por Deus no passado, por meio dos profetas hebreus, foram eliminados ou modificados e substituídos, por influência de Constantino.
Nessa época foi criado o natal cristão, em lugar da festa de nascimento do deus-sol, quer era celebrada no dia 25 de dezembro. A páscoa dos judeus, celebrada num dia fixo passou a ser celebrada em dias móveis, calculados para coincidir e recair sempre num domingo. E o sábado bíblico agora chamado “judaizante”, deu lugar ao domingo “cristão, práticas estas até hoje observadas.
A páscoa, que era uma festa fixa, celebrada no dia 14 do primeiro mês, o de Nissan (Levíticos 23:4-8), com a morte do cordeiro pascal para celebrar o livramento dos hebreus do cativeiro egípcio e que teve o seu cumprimento com a morte de Jesus, passou a ser celebrada numa data móvel, para celebrar a Sua ressurreição. Ora, a ressurreição de Jesus cumpria outra festa, a das primícias, celebrada anteriormente no terceiro dia após a páscoa bíblica. Seu cumprimento típico é afirmado e confirmado por São Paulo (I Coríntios 15:2 e 23, cfe. Levíticos 23:9-12).
As pessoas que insistissem em celebrar a páscoa segundo o calendário judaico eram acusadas de judaizar e, como consequência, eram excomungadas.
O sábado, cuja história será devidamente estudada em capítulo à parte, desde sua instituição na criação (Gênesis 2:1-3), sua continuidade história (Êxodo 20:7-11), sua reafirmação no último conflito (Isaías 56:6 e 7; Apocalipse 13:11-15; 14:7 e 12) e sua exaltação na eternidade (Isaías 66:22 e 23), foi mudado para o domingo pagão, agora chamado cristão.
“Eusébio, bispo que procurava o favor dos príncipes e era amigo íntimo e adulador de Constantino, propôs a alegação de que Cristo transferira o sábado para o domingo. Nenhum testemunho das Escrituras, sequer, foi aduzido em prova da nova doutrina. O próprio Eusébio inadvertidamente reconhece sua falsidade, e indica os verdadeiros autores da mudança. ‘Todas as coisas’, diz ele, ’que se deveriam fazer no sábado nós as transferimos para o dia do Senhor.’ - Leis e Deveres Sabáticos, de R. Cox. Mas o argumento do domingo, infundado como era, serviu para incentivar os homens a desprezarem o sábado do Senhor. Todos os que desejavam ser honrados pelo mundo, aceitaram a festividade popular”. (Ellen G. White, O Grande Conflito, pag. 574, destaques acrescentados).

O natal, que era a festividade pagã comemorativa do nascimento do deus sol no solstício do inverno, celebrada no dia 25 de dezembro foi reformulada para comemorar o nascimento de Jesus que, historicamente, sabe-se não ter nascido nos dias daquela estação.
Todas estas afirmações são verdades históricas que não podem ser negadas, e estão firmemente registradas nas enciclopédias e compêndios históricos, podendo ser facilmente acessadas por meio eletrônico. Os itens destacados fornecem links que, se forem consultados, apresentam informações adicionais sobre os temas em foco.
O Imperador Teodósio
Teodósio I, o Grande, imperador romano
Teodósio I(347 – 395) – Seu reinado é conhecido principalmente pelo Edito de Tessalônica que instituiu o cristianismo como religião oficial do império. Foi o último imperador romano a governar sobre o Império romano Unido. Após a divisão entre seus herdeiros Honório e Arcádio o império nunca mais seria governado por apenas um homem.

É historicamente reconhecido o fato de que esse imperador, que tinha o título de “O Grande”, foi publicamente humilhado pelo bispo de Roma Ambrósio, por ter ordenado o massacre de Tessalônica, quando foram mortas milhares de pessoas. Excomungado e proibido de participar de cerimônias religiosas, o imperador teve que se humilhar e fazer uma confissão pública penitenciando-se antes de ser “perdoado” e readmitido à comunhão da igreja por Ambrósio, hoje santo católico. 
  
Ambrósio excluiu o imperador da comunhão e durante oito meses a tensão se manteve, até que Teodósio, durante o Natal, vestido com um saco de penitência, foi perdoado. Teodósio afirmaria mais tarde: ‘sem dúvida, Ambrósio me fez compreender pela primeira vez o que deve ser um bispo’. Desde então o poder eclesiástico de julgar os poderes públicos, não só em questões dogmáticas, mas também por seus erros públicos, prevaleceu até a Idade Moderna” (Widipédia).

Em 380, o Imperador Teodósio I tornou o cristianismo a religião oficial do império romano, pelo Edito de Tessalônica.  Foi ele quem determinou que fosse acrescentada a expressão católica - que significa universal - ao nome da igreja.
O Édito de Tessalônica, também conhecido como "Cunctos Populos" ou De Fide Catolica, foi um decreto promulgado em dia 27 de fevereiro de 380, pelo qual foi determinado que:
1º - A “religião católica” se tornasse a religião de Estado exclusiva do Império Romano;
2º - Fossem abolidas todas as práticas politeístas e que
3º - Fossem fechados todos os templos pagãos.
A partir de então a igreja deixou de ostentar o nome do seu fundador – CRISTO - e passou a ser chamada pelo nome do seu sedutor - ROMA. Foi quando passou a ser reconhecida pelo nome que ostenta até hoje: IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA.
Foi o imperador Teodósio I quem a “batizou” com esse nome.
Os imperadores romanos detinham, nessa época, entre os seus títulos, o de Pontífice Máximo, que foi descartado pelo imperador Graciano (359-383) e depois incorporado ao chefe da igreja, título que este ostenta até hoje. O papa Leão I (440-461) foi o primeiro a reivindicá-lo para si.
Nesse período do cristianismo, que ficou conhecido como o período dos imperadores, as práticas pagãs corromperam definitivamente a igreja. As imagens dos deuses pagãos foram sendo substituídas pelas dos apóstolos e líderes destacados, que passaram a ser considerados santos e a receber homenagem e veneração especiais. Todas as práticas e cerimônias  do paganismo foram sendo paulatinamente absorvidas  e ensinadas pela liturgia do novo cristianismo imperial.
Esse domínio dos imperadores sobre a igreja prevaleceu até o ano de 538, a partir de quando houve uma inversão do poder e da hegemonia. A História reconhece esse fato, afirmando que a partir dessa época “a vontade única do imperador foi aos poucos substituída pela vontade única do bispo de Roma”. (Grandes Personagens da História Universal, Editora Abril, Capítulo 8 – Santo Agostinho, pag. 148).

“No ano de 380 d. C. o imperador Teodósio proclama o Catolicismo religião oficial do Império Romano, pelo Edito de Tessalônica. Além de transformar o Cristianismo em verdadeira religião do Estado, Teodósio imprimiu-lhe um caráter autoritário. Sua política intervencionista fortaleceu a Igreja, dando-lhe condições de se afirmar como força autônoma. Após o massacre de Tessalônica, que ordenou em resposta a uma sedição (390), Teodósio foi excomungado por S. Ambrósio e viu-se obrigado a curvar diante das exigências do bispo de Roma. Às vésperas da morte de Teodósio, o Estado romano pela primeira vez reconheceu a existência de uma instituição cujo poderio superava o seu” (Grandes Personagens da História Universal, Átila, p. 34).

Com o decreto de Teodósio estabelecendo o Cristianismo como religião oficial, foi proscrito o paganismo. Isto não provocou grandes oposições, uma vez que todos os ritos do paganismo praticamente já estavam sendo observados pela igreja que pretendia ser cristã e que se autodenominava romana. Todos os ritos similares entre paganismo e Cristianismo, as novas estruturas de dominação e poder sobre os fiéis, o ritualismo pagão nas celebrações cristãs, o enriquecimento, tudo isto já satisfazia ao mais acirrado espírito pagão.

Satanás, enfim, obtivera êxito em seu propósito de conquistar a mulher simbólica, que se fizera adúltera pela idolatria e demais práticas do paganismo romano. Agora, verdadeiramente, era apropriada a sua nova denominação de Igreja Católica Apostólica Romana.

Com a proscrição do paganismo, estava dado o primeiro passo para o estabelecimento do mistério da injustiça, referido por Paulo (II Tessalonicenses 2:7). Segundo as palavras do apóstolo, “somente há um que resiste até que do meio seja tirado”. Ele se referia ao poder religioso representado pelo paganismo oficial, que era o maior obstáculo ao estabelecimento de seu poder e autoridade.

Aquilo que Satanás não conseguira pela crueldade e perseguição atroz, ele obteve pelo engano e pela sedução, levando prosperidade, honra e poder aos líderes cristãos. Essa estratégia se mostra eficaz, ainda nos dias atuais.

Desde que Constantino transferiu a capital e o governo do império para a cidade de Constantinopla, o bispo de Roma começou a se destacar como líder maior da antiga capital, adquirindo a partir de então relevância entre os bispos das outras cidades mais importantes do império.

Nessa época os bispados mais importantes e que se rivalizavam na disputa pelo poder eram os das cidades de Roma, Constantinopla, Jerusalém, Alexandria e Antioquia.

O Imperador Justiniano

Justiniano – (482 – 565) Foi um imperador bizantino que influenciou decisivamente o cristianismo, pelo apoio e proteção que dedicou ao bispo de Roma e à igreja.  No ano de 533 um decreto seu determinou que o Bispo de Roma tivesse predominância sobre todos os outros e que fosse considerado como “cabeça de todas as santas igrejas”.

Este decreto não teve eficácia e cumprimento imediato porque a cidade de Roma era então objeto de terrível oposição e assédio por parte de invasores bárbaros germânicos, a nação dos ostrogodos. Sua fé ariana, que negava a Trindade e a divindade de Jesus, os fazia mortais inimigos do clero romano. A derrota dos Ostrogodos, no início do ano 538, fez então com que o decreto imperial tivesse eficácia e entrasse em vigor.

Essa data sinaliza o início do fim do período de domínio dos imperadores sobre a igreja e marca o início do quarto período, o de domínio hegemônico e total dos papas.

A referência na carta a Balaão mostra a relação desse personagem bíblico com o novo perfil da igreja que surgia, diferenciado dos puros princípios proféticos e apostólicos, desviando-se das lições de Jesus e abraçando os interesses mundanos, vendendo-se por interesses materiais.

A Bíblia revela que Balaão, inicialmente profeta de Deus, por ganância uniu-se aos inimigos do Seu povo, vendendo os dons espirituais por dinheiro e vantagens materiais. Assim, também, os líderes da igreja nesse período lançaram tropeços diante dos verdadeiros e sinceros seguidores de Cristo, fazendo-os inclinar-se diante de ídolos e imagens, “comendo dos sacrifícios da idolatria e prostituindo-se” com as falsas doutrinas do paganismo que começaram a inundar o cristianismo, a partir de então.

“Quase imperceptivelmente, os costumes do paganismo tiveram ingresso na igreja cristã. O espírito de transigência e conformidade fora restringido durante algum tempo pelas terríveis perseguições que a igreja suportou sob o paganismo. Mas, em cessando a perseguição e entrando o cristianismo nas cortes e palácios dos reis, pôs ela de lado a humilde simplicidade de Cristo e Seus apóstolos, em troca da pompa e do orgulho dos sacerdotes e governadores pagãos; e, em lugar das ordenanças de Deus, colocou teorias e tradições humanas. A conversão nominal de Constantino, na primeira parte do século quarto, causou grande regozijo; e o mundo, sob o manto de justiça aparente, introduziu-se na igreja. Progredia rapidamente a obra de corrupção. O paganismo, conquanto parecesse suplantado, tornou-se o vencedor. Seu espírito dominava a igreja. Suas doutrinas, cerimônias e superstições incorporaram-se à fé e culto dos professos seguidores de Cristo”. (Ellen G. White-O Grande Conflito, pag. 326 e 327).

Outros personagens que influenciaram o período e o cristianismo cujos ensinos são comparados por Jesus a Balaão, por lançarem tropeços diante dos filhos de Deus e incentivarem a idolatria e a prostituição:

Eusébio de Cesareia -  (263 - 339) — Foi  bispo de Cesareia e é referido como o pai da história da Igreja porque nos seus escritos estão os primeiros relatos quanto à história do Cristianismo  primitivo. O seu nome está ligado a uma crença curiosa sobre uma suposta correspondência entre o rei de Edessa, Abgar e Jesus Cristo. Eusébio teria encontrado as cartas e, inclusive, as copiado para a sua História Eclesiástica. (Wikipédia).
Agostinho de Hipona, (354 - 430) - bispo de Hipona, mais conhecido como Santo Agostinho é considerado o pensador latino mais importante e influente e sua teologia dominou o pensamento cristão, abandonando definitivamente o contexto bíblico e abraçando definitivamente a filosofia grega e pagã de Platão. Sua influência foi tão imensa e poderosa que suas teorias sobre a imortalidade natural da alma e o tormento dos ímpios prevalecem até hoje na teologia cristã ocidental, sendo somente igualada e talvez superada por Tomás de Aquino, quase um milênio depois.
Jerônimo, (347 – 420) – Mais conhecido como São Jerônimo, foi um sacerdote cristão, tendo grande destaque e influência como teólogo e historiador e considerado como um dos “Pais da igreja”, “Confessor” e “Doutor” pela Igreja Católica. Ele se tornou mais conhecido por sua tradução da Bíblia para o latim, que é conhecida como “Vulgata”, por seus comentários sobre o Evangelho dos Hebreus e por sua interpretação dos livros do Apocalipse e de Daniel. Sua lista de obras é bastante extensa. Ele foi o primeiro a afirmar que o império romano seria dividido em 10 reinos, compreendendo o que as profecias sagradas antecipavam.
 
Outros Personagens:

Atanásio de Alexandria, (296-373), Gregório de Nisa, (338-394), João Crisóstomo, (347-407), Gregório de Nazianzo, (330-390), Ambrósio de Milão, (337-397) e Basílio de Cesareia, (330-379).

Esses chamados “Pais da Igreja”, deixando de lado os puros ensinamentos dos profetas e apóstolos hebreus, abraçaram os ensinos de filósofos pagãos, especialmente os dos gregos, que até hoje prevalecem no cristianismo ocidental, sendo a base da crença de católicos, espíritas e protestantes.

O último imperador em Roma foi Rômulo Augusto. Quando ele foi destituído no ano de 476, com a queda do império romano do ocidente, apenas ocasionalmente reis das tribos bárbaras ocuparam o trono em Roma. O bispo de Roma, já chamado papa, passou a ser o personagem mais importante e poderoso na estrutura política e religiosa da cidade.

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