PÉRGAMO, A TERCEIRA
IGREJA-A Igreja dos Imperadores
Em Sua carta a Pérgamo, a terceira
igreja simbólica, Jesus identificou a cidade onde Satanás habita e onde está o
seu trono e destacou a crescente idolatria e afastamento das verdades do
Evangelho Eterno. Esse período começou com o fim da perseguição ao cristianismo
pela assinatura do Edito de Tolerância, em 313. É o período em que os
imperadores romanos dominaram sobre a igreja. Ele vai até ao ano de 538, quando
este domínio passou a ser exercido pelos papas. Pérgamo significa “elevação” e mostra
a mudança de status da igreja, da pobreza para a riqueza, dos calabouços para
os palácios.
Apocalipse 2:12-17
12. Ao anjo da
igreja de Pérgamo, escreve: Isto diz Aquele que tem a espada afiada de dois
gumes.
13. Sei onde tu
habitas, que é onde está o trono de Satanás. Contudo, conservas o meu nome e
não negaste a minha fé, mesmo nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, que
foi morto entre vós, onde Satanás habita.
14. Tenho,
porém, algumas coisas contra ti, porque tens aí os que seguem a doutrina de
Balaão, que ensinava Balaque a armar tropeços diante dos filhos de Israel, para
que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem.
15. Assim tens
também alguns que seguem a doutrina dos nicolaítas.
16.
Arrepende-te, pois, porque se não, virei em breve para combater com a espada da
minha boca.
17. Quem tem
ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor darei do maná
escondido. Também lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito,
conhecido apenas por aquele que o recebe.
Inequivocamente esta carta identifica a
cidade de Roma, palco onde se desenrolaram todos os acontecimentos citados, e que
é o local onde Satanás habita e onde está o seu trono, conforme as palavras de
Jesus. A menção à passagem bíblica que cita os personagens Balaque e Balaão mostra
o desvio da sã doutrina da Bíblia Sagrada para o culto idolátrico do paganismo;
da verdade das Escrituras para a superstição e tradição adotada e cultivada
pelos homens, sem a aprovação de Deus.
A terceira
carta, dirigida à igreja de Pérgamo,
marca o início da elevação da
igreja, em todos os sentidos - menos o espiritual - ou a dramática mudança da
sua condição de pobreza, pureza e humildade e de objeto de escárnio e
perseguição, para a de riqueza, orgulho, honra e poder. É a igreja dos imperadores.
O período de Pérgamo tem início com a
conveniente “conversão” do imperador Constantino ao cristianismo. Esse período é o de domínio absoluto dos imperadores
romanos e sua interferência nos negócios internos e religiosos da igreja.
Nesses dois séculos alguns deles se destacaram especialmente e de forma
decidida na história do cristianismo, e dentre estes os maiores foram Constantino, Teodósio e Justiniano.
Nesse período, os chamados “Pais da
Igreja” foram comparados na carta de Jesus a Balaão, por lançar tropeços diante
dos filhos de Deus e induzi-los à prostituição espiritual, principalmente à idolatria e ao desvio dos
princípios do Evangelho Eterno.
Os pretensamente grandes teólogos
seguiram o caminho dos seus antecessores chamados por Jesus de mentirosos,
falsos apóstolos, blasfemadores e falsos judeus, que deixando o ensino dos
profetas e apóstolos hebreus construíram o que Ele chamou de “a Sinagoga de
Satanás”, tendo como alicerces a filosofia pagã dos sábios gregos e a tradição
de homens iníquos, inimigos de Deus e de Sua lei.
Personagens que influenciaram o período:
O
Imperador Constantino
Constantino I, (272-337) -
Também conhecido como Constantino Magno ou Constantino, o Grande,
foi um imperador romano,
proclamado Augusto pelas suas tropas em 25 de julho de 306, que governou uma
porção crescente do Império Romano até a sua morte.
O Edito de Milão, que acabou com a perseguição aos
cristãos foi promulgado por Constantino em 313 e é conhecido como Edito de Tolerância.
Ele concedeu liberdade de culto a todas as religiões. O próprio
imperador, por conveniência e interesse político, aderiu ao cristianismo e
assumiu, decididamente, a liderança da igreja cristã. Ele ostentava, entre os
seus títulos, o de “O Décimo Terceiro
Apóstolo”, mesmo sendo um homicida cruel, licencioso e sanguinário.
Mesmo depois de sua pretensa conversão, a
História revela que ele mandou assassinar quatro pessoas de sua própria
família: o filho – Crispo -, e sua segunda esposa, Fausta, por ciúmes, acusados
por ele de incesto; e Licínio, o cunhado com quem dividia o governo, e seu
filho Liciniano (sobrinho do imperador), ambos assassinados por interesse
político.
No dia 7 de março do ano 321 Constantino, devoto do deus-sol, promulgou um decreto
estabelecendo a obrigatoriedade de todo cidadão do império guardar o dies solis, o dia do sol, ou o primeiro
dia da semana, dia que era separado para homenagem daquele deus pagão. Esse
decreto fez com que a guarda desse dia fosse obrigatoriamente observada por
todos os cidadãos do império. Ainda nos dias de hoje este dia é reconhecido em
muitos idiomas importantes, como o inglês (Sunday), alemão (Sontagg) e japonês
(Nichiyoubi), entre muitos outros, como o
dia do sol.
Esse
decreto dominical, o primeiro da história, chamado Édito de Constantino, determinava textualmente: "Que todos os juízes, e todos os habitantes da Cidade, e todos os mercadores e artífices
descansem no venerável dia do sol. Não obstante, atendam os lavradores
com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer amiúde que nenhum
outro dia é tão adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não
se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo céu." (Codex Justinianus, lib. 13, it. 12, par 2).
Foi Constantino, também, quem convocou e
presidiu o primeiro concílio da igreja de Roma, em
Niceia - no ano de 325 - que entre outros
dogmas estabeleceu o credo niceno, que perdura até hoje e incluiu entre as
doutrinas da igreja o dia que ele havia decretado como devendo ser observado e
guardado - o primeiro dia da semana, ou o venerável dia do deus-sol, confirmando na esfera religiosa o que decretara na esfera política.
O domingo pagão começou, assim, a prevalecer sobre o sábado bíblico.
Alguns anos depois, o Concílio de Laodiceia, realizado
no ano de 364 reconfirmava a
guarda do domingo que foi definitivamente incorporada à
igreja e anatematizava a guarda do sábado através do Cânon 29, em vigor até hoje e que estabelece:
“Os
cristãos não devem judaizar e descansar no sábado, mas sim trabalhar nesse dia;
devem honrar e descansar se possível, como cristãos. Se, entretanto, forem
encontrados judaizando, sejam excomungados por Cristo”.
Judaizar era a palavra utilizada para nominar
todas as práticas do judaísmo e exorcizá-las do cristianismo, com o propósito
de tirar qualquer vínculo que identificasse os cristãos com os judeus. Foi
assim que alguns dos principais símbolos, festas e ordenanças que foram
estabelecidos por Deus no passado, por meio dos profetas hebreus, foram
eliminados ou modificados e substituídos, por influência de Constantino.
Nessa época foi criado o natal cristão, em lugar da festa de
nascimento do deus-sol, quer era celebrada no dia 25 de dezembro. A páscoa dos judeus, celebrada num dia
fixo passou a ser celebrada em dias móveis, calculados para coincidir e
recair sempre num domingo. E o sábado
bíblico agora chamado “judaizante”, deu lugar ao domingo “cristão”, práticas
estas até hoje observadas.
A páscoa, que era uma festa fixa, celebrada no
dia 14 do primeiro mês, o de Nissan (Levíticos 23:4-8), com a morte do cordeiro
pascal para celebrar o livramento dos hebreus do cativeiro egípcio e que teve o
seu cumprimento com a morte de Jesus, passou a ser celebrada numa data móvel,
para celebrar a Sua ressurreição. Ora, a ressurreição de Jesus cumpria outra
festa, a das primícias, celebrada anteriormente no terceiro dia após a páscoa
bíblica. Seu cumprimento típico é afirmado e confirmado por São Paulo (I
Coríntios 15:2 e 23, cfe. Levíticos 23:9-12).
As pessoas que insistissem em celebrar a
páscoa segundo o calendário judaico eram acusadas de judaizar e, como
consequência, eram excomungadas.
O sábado, cuja
história será devidamente estudada em capítulo à parte, desde sua instituição na criação
(Gênesis 2:1-3), sua continuidade história (Êxodo 20:7-11), sua reafirmação no
último conflito (Isaías 56:6 e 7; Apocalipse 13:11-15; 14:7 e 12) e sua
exaltação na eternidade (Isaías 66:22 e 23), foi mudado para o domingo pagão, agora chamado
cristão.
“Eusébio, bispo que procurava o favor dos
príncipes e era amigo íntimo e adulador de Constantino, propôs a alegação de
que Cristo transferira o sábado para o domingo. Nenhum testemunho das
Escrituras, sequer, foi aduzido em prova da nova doutrina. O próprio Eusébio
inadvertidamente reconhece sua falsidade, e indica os verdadeiros autores da
mudança. ‘Todas as coisas’, diz ele,
’que se deveriam fazer no sábado nós as transferimos para o dia do Senhor.’
- Leis e Deveres Sabáticos, de R. Cox. Mas o argumento do domingo, infundado
como era, serviu para incentivar os homens a desprezarem o sábado do Senhor. Todos os que desejavam ser honrados pelo
mundo, aceitaram a festividade popular”. (Ellen G. White, O Grande
Conflito, pag. 574, destaques acrescentados).
O natal, que era a
festividade pagã comemorativa do nascimento do deus sol no solstício do
inverno, celebrada no dia 25 de dezembro foi reformulada para comemorar o
nascimento de Jesus que, historicamente, sabe-se não ter nascido nos dias
daquela estação.
Todas estas afirmações são verdades
históricas que não podem ser negadas, e estão firmemente registradas nas
enciclopédias e compêndios históricos, podendo ser facilmente acessadas por
meio eletrônico. Os itens destacados
fornecem links que, se forem consultados, apresentam
informações adicionais sobre os temas em foco.
O Imperador Teodósio
Teodósio I, o Grande, imperador romano |
Teodósio
I – (347 – 395) – Seu reinado é conhecido
principalmente pelo Edito de Tessalônica que instituiu o cristianismo como religião oficial do
império. Foi o último imperador romano a governar sobre o Império romano Unido.
Após a divisão entre seus herdeiros Honório e Arcádio o império nunca mais
seria governado por apenas um homem.
É
historicamente reconhecido o fato de que esse imperador, que tinha o título de
“O Grande”, foi publicamente humilhado pelo bispo de Roma Ambrósio, por ter
ordenado o massacre de Tessalônica, quando foram mortas milhares de pessoas.
Excomungado e proibido de participar de cerimônias religiosas, o imperador teve
que se humilhar e fazer uma confissão pública penitenciando-se antes de ser
“perdoado” e readmitido à comunhão da igreja por Ambrósio, hoje santo
católico.
“Ambrósio
excluiu o imperador da comunhão e durante oito meses a tensão se manteve, até
que Teodósio, durante o Natal, vestido com um saco de penitência, foi perdoado.
Teodósio afirmaria mais tarde: ‘sem dúvida, Ambrósio me fez compreender pela
primeira vez o que deve ser um bispo’. Desde então o poder eclesiástico de
julgar os poderes públicos, não só em questões dogmáticas, mas também por seus
erros públicos, prevaleceu até a Idade Moderna” (Widipédia).
Em 380, o Imperador Teodósio I
tornou o
cristianismo a religião oficial
do império romano, pelo Edito de Tessalônica. Foi
ele quem determinou que fosse acrescentada a expressão católica - que significa universal - ao nome da igreja.
O Édito de Tessalônica, também conhecido como "Cunctos Populos" ou De Fide Catolica, foi um decreto promulgado em dia 27 de
fevereiro de 380, pelo qual foi determinado que:
1º - A “religião católica” se tornasse a
religião de Estado exclusiva do Império Romano;
2º - Fossem abolidas todas as práticas
politeístas e que
3º - Fossem fechados todos os templos
pagãos.
A partir de então a igreja deixou de
ostentar o nome do seu fundador – CRISTO
- e passou a ser chamada pelo nome do seu sedutor - ROMA. Foi quando passou a ser reconhecida pelo nome que ostenta até
hoje: IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA
ROMANA.
Foi o imperador Teodósio I quem a “batizou” com esse nome.
Os imperadores romanos detinham, nessa
época, entre os seus títulos, o de Pontífice Máximo, que foi descartado pelo imperador Graciano
(359-383) e depois incorporado ao chefe da igreja, título que este ostenta
até hoje. O papa Leão I (440-461) foi o primeiro a reivindicá-lo para
si.
Nesse período do cristianismo, que ficou
conhecido como o período dos
imperadores, as práticas pagãs corromperam definitivamente a igreja. As
imagens dos deuses pagãos foram sendo substituídas pelas dos apóstolos e
líderes destacados, que passaram a ser considerados santos e a receber
homenagem e veneração especiais. Todas
as práticas e cerimônias do paganismo
foram sendo paulatinamente absorvidas e
ensinadas pela liturgia do novo cristianismo imperial.
Esse domínio dos imperadores sobre a
igreja prevaleceu até o ano de 538, a partir de quando houve uma inversão do
poder e da hegemonia. A História reconhece esse fato, afirmando que a partir
dessa época “a vontade única do imperador
foi aos poucos substituída pela vontade única do bispo de Roma”. (Grandes
Personagens da História Universal, Editora Abril, Capítulo 8 – Santo Agostinho,
pag. 148).
“No ano de 380 d. C. o imperador Teodósio proclama o Catolicismo
religião oficial do Império Romano, pelo Edito de Tessalônica. Além de
transformar o Cristianismo em verdadeira religião do Estado, Teodósio
imprimiu-lhe um caráter autoritário. Sua política intervencionista fortaleceu a
Igreja, dando-lhe condições de se afirmar como força autônoma. Após o massacre
de Tessalônica, que ordenou em resposta a uma sedição (390), Teodósio foi
excomungado por S. Ambrósio e viu-se obrigado a curvar diante das exigências do
bispo de Roma. Às vésperas da morte de
Teodósio, o Estado romano pela primeira vez reconheceu a existência de uma
instituição cujo poderio superava o seu” (Grandes Personagens da História
Universal, Átila, p. 34).
Com o decreto de Teodósio estabelecendo o Cristianismo como religião
oficial, foi proscrito o paganismo. Isto não provocou grandes oposições, uma
vez que todos os ritos do paganismo praticamente já estavam sendo observados
pela igreja que pretendia ser cristã e que se autodenominava romana. Todos os
ritos similares entre paganismo e Cristianismo, as novas estruturas de dominação
e poder sobre os fiéis, o ritualismo pagão nas celebrações cristãs, o
enriquecimento, tudo isto já satisfazia ao mais acirrado espírito pagão.
Satanás, enfim,
obtivera êxito em seu propósito de conquistar a mulher simbólica, que se fizera
adúltera pela idolatria e demais práticas do paganismo romano. Agora,
verdadeiramente, era apropriada a sua nova denominação de Igreja Católica
Apostólica Romana.
Com a proscrição do
paganismo, estava dado o primeiro passo para o estabelecimento do mistério da
injustiça, referido por Paulo (II Tessalonicenses 2:7). Segundo as palavras do
apóstolo, “somente
há um que resiste até que do meio seja tirado”. Ele se referia ao
poder religioso representado pelo paganismo oficial, que era o maior obstáculo
ao estabelecimento de seu poder e autoridade.
Aquilo que Satanás não conseguira pela
crueldade e perseguição atroz, ele obteve pelo engano e pela sedução, levando
prosperidade, honra e poder aos líderes cristãos. Essa estratégia se mostra eficaz, ainda nos dias atuais.
Desde que Constantino transferiu a
capital e o governo do império para a cidade de Constantinopla, o bispo de Roma
começou a se destacar como líder maior da antiga capital, adquirindo a partir
de então relevância entre os bispos das outras cidades mais importantes do
império.
Nessa época os bispados mais importantes
e que se rivalizavam na disputa pelo poder eram os das cidades de Roma, Constantinopla, Jerusalém, Alexandria e Antioquia.
Justiniano – (482 –
565) Foi um imperador bizantino que influenciou decisivamente o cristianismo,
pelo apoio e proteção que dedicou ao bispo de Roma e à igreja. No ano de
533 um decreto seu determinou que o Bispo de Roma tivesse
predominância sobre todos os outros e que fosse considerado como “cabeça de todas as santas igrejas”.
Este decreto não teve eficácia e
cumprimento imediato porque a cidade de Roma era então objeto de terrível
oposição e assédio por parte de invasores bárbaros germânicos, a nação dos ostrogodos. Sua fé ariana, que negava a Trindade e a divindade de
Jesus, os fazia
mortais inimigos do clero romano. A derrota dos Ostrogodos, no início do ano
538, fez então com que o decreto imperial tivesse eficácia e entrasse em vigor.
Essa data sinaliza o início do fim do
período de domínio dos imperadores sobre a igreja e marca o início do quarto
período, o de domínio hegemônico e
total dos papas.
A referência na carta a Balaão mostra a
relação desse personagem bíblico com o novo perfil da igreja que surgia,
diferenciado dos puros princípios proféticos e apostólicos, desviando-se das
lições de Jesus e abraçando os interesses mundanos, vendendo-se por interesses
materiais.
A Bíblia revela que Balaão, inicialmente
profeta de Deus, por ganância uniu-se aos inimigos do Seu povo, vendendo os
dons espirituais por dinheiro e vantagens materiais. Assim, também, os líderes
da igreja nesse período lançaram tropeços diante dos verdadeiros e sinceros
seguidores de Cristo, fazendo-os inclinar-se diante de ídolos e imagens,
“comendo dos sacrifícios da idolatria e prostituindo-se” com as falsas
doutrinas do paganismo que começaram a inundar o cristianismo, a partir de
então.
“Quase imperceptivelmente, os costumes do
paganismo tiveram ingresso na igreja cristã. O espírito de transigência e
conformidade fora restringido durante algum tempo pelas terríveis perseguições
que a igreja suportou sob o paganismo. Mas, em cessando a perseguição e
entrando o cristianismo nas cortes e palácios dos reis, pôs ela de lado a
humilde simplicidade de Cristo e Seus apóstolos, em troca da pompa e do orgulho
dos sacerdotes e governadores pagãos; e, em lugar das ordenanças de Deus,
colocou teorias e tradições humanas. A conversão nominal de Constantino, na
primeira parte do século quarto, causou grande regozijo; e o mundo, sob o manto
de justiça aparente, introduziu-se na igreja. Progredia rapidamente a obra de
corrupção. O paganismo, conquanto parecesse suplantado, tornou-se o vencedor.
Seu espírito dominava a igreja. Suas doutrinas, cerimônias e superstições
incorporaram-se à fé e culto dos professos seguidores de Cristo”. (Ellen G. White-O Grande
Conflito, pag. 326 e 327).
Outros personagens que influenciaram o período e o cristianismo cujos
ensinos são comparados por Jesus a Balaão, por lançarem tropeços diante dos
filhos de Deus e incentivarem a idolatria e a prostituição:
Eusébio de Cesareia -
(263 - 339) — Foi bispo de Cesareia e é referido como o pai da história da Igreja porque nos
seus escritos estão os primeiros relatos quanto à história do Cristianismo primitivo. O
seu nome está ligado a uma crença curiosa sobre uma suposta correspondência entre
o rei de Edessa, Abgar e Jesus Cristo. Eusébio teria
encontrado as cartas e, inclusive, as copiado para a sua História Eclesiástica. (Wikipédia).
Agostinho de Hipona, (354
- 430) - bispo
de Hipona, mais conhecido como Santo Agostinho é considerado o pensador latino
mais importante e influente e sua teologia dominou o pensamento cristão, abandonando
definitivamente o contexto bíblico e abraçando definitivamente a filosofia
grega e pagã de Platão. Sua influência foi tão imensa e poderosa que suas
teorias sobre a imortalidade natural da alma e o tormento dos ímpios prevalecem
até hoje na teologia cristã ocidental, sendo somente igualada e talvez superada
por Tomás de Aquino, quase um milênio depois.
Jerônimo, (347 – 420) – Mais conhecido como São Jerônimo, foi um sacerdote
cristão, tendo grande destaque e influência como teólogo e historiador e
considerado como um dos “Pais da igreja”, “Confessor” e “Doutor” pela Igreja
Católica. Ele se tornou mais conhecido por sua tradução da Bíblia para o latim,
que é conhecida como “Vulgata”, por seus comentários sobre o Evangelho dos
Hebreus e por sua interpretação dos livros do Apocalipse e de Daniel. Sua lista
de obras é bastante extensa. Ele foi o primeiro a afirmar que o império romano
seria dividido em 10 reinos, compreendendo o que as profecias sagradas
antecipavam.
Outros Personagens:
Atanásio de
Alexandria, (296-373), Gregório de Nisa, (338-394), João Crisóstomo, (347-407), Gregório de Nazianzo, (330-390), Ambrósio de Milão, (337-397) e Basílio de Cesareia, (330-379).
Esses chamados “Pais da Igreja”, deixando
de lado os puros ensinamentos dos profetas e apóstolos hebreus, abraçaram os
ensinos de filósofos pagãos, especialmente os dos gregos, que até hoje
prevalecem no cristianismo ocidental, sendo a base da crença de católicos,
espíritas e protestantes.
O último imperador em Roma foi Rômulo
Augusto. Quando ele foi destituído no ano de 476, com a queda do império romano
do ocidente, apenas ocasionalmente reis das tribos bárbaras ocuparam o trono em
Roma. O bispo de Roma, já chamado papa, passou a ser o personagem mais
importante e poderoso na estrutura política e religiosa da cidade.
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