2 anjos falam aos discípulos de Jesus, após ele dar-lhes instruções e subir ao Céu |
O CRISTIANISMO, A Igreja de Jesus na História, em 7 Fases ou Períodos
O cristianismo é hoje a maior força religiosa do
planeta. Mais de dois bilhões de pessoas ou cerca de um terço das
pessoas no mundo são - ou se dizem - cristãos. Mas ao se fazer uma
análise séria e crítica pode-se notar o imenso abismo que divide os
milhares de correntes que compõem este segmento religioso. Na verdade
parece mesmo que não existe um Cristo, mas uma infinidade de “cristos”,
tal a diversidade dos ensinamentos e das doutrinas que assombram um
expectador isento que procure entender ou compreender a razão de tantas
diferenças que existem entre seus seguidores.
A igreja que Jesus fundou nunca se destacou por sua popularidade. Pelo contrário, ela se caracteriza por representar a porta estreita que Ele mencionou e pela simplicidade, humildade, renúncia e honestidade dos seus seguidores. A igreja de Deus jamais perseguiu e nem jamais perseguirá ninguém, mesmo os que forem contra os seus princípios. Pelo contrário, ela sempre foi e será perseguida, pois anda na contramão do mundo.
Ao longo da História, porém, pela ação de homens
indignos e infiéis, o cristianismo tem se desviado de seu objetivo de
ensinar o Evangelho de Jesus que foi substituído por tradições de
homens. Hoje, o que se chama de cristianismo, na verdade pode ser
considerado anticristianismo, pelas tão grandes modificações feitas nos
ensinamentos originalmente deixados pelos profetas, apóstolos e por
Jesus, conforme foram escritos na Bíblia Sagrada.
Mas nem sempre foi assim. No princípio Jesus chamou de “igreja” à comunidade dos seus discípulos e seguidores. Eles eram reconhecidos por seu comportamento manso e afável e honestidade exemplar, pois eram imitadores de seu Mestre. Seu reino não era deste mundo, mas era o mesmo que Jesus fora preparar, o qual eles aguardavam, segundo a Sua promessa (João 14:1-3).
No seu começo a igreja primitiva foi rotulada de
seita: “Mas confesso-te isto que, conforme aquele caminho que chamam
seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está
escrito na lei e nos profetas” (Atos 24:14). E com o propósito de
desacreditá-la e lançar sobre ela escárnio e vitupério, seus inimigos e
detratores chamavam-na de “a seita dos Nazarenos”. Perseguindo o
apóstolo Paulo, assim o acusavam: “Temos achado que este homem é uma
peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e
o principal defensor da seita dos nazarenos” (Atos 24:5).
Pode-se entender, portanto, que a igreja de Deus, que
Jesus menciona, não é necessariamente uma instituição ou uma denominação
religiosa, nem edifícios, ou patrimônio material, mas pessoas. A igreja
do Senhor é composta por pessoas de todas as classes, raças ou lugares,
de todos os tempos, que O amam, adoram e obedecem, obrando o que é
justo. São os Seus filhos que O servem voluntariamente, não por medo de
castigo ou desejo de recompensa, cidadãos do Seu reino eterno. Muitas
vezes estas pessoas nem O conhecem, mas certamente são por ele
conhecidas, amadas e aceitas como filhos e herdeiros. São os cidadãos do
seu reino eterno.
A essência do antigo paganismo ainda hoje se manifesta
pelo conceito de que se pode fazer ou acrescentar alguma coisa para ser
apresentada a Deus e que contribua para a salvação, em maior ou menor
grau. São as obras e méritos humanos – as nossas justiças -, que aos
olhos de Deus nada valem e que são comparadas, em Sua Palavra Sagrada, a
“trapo da imundícia” (Isaías 64:6). Caim apresentou algo aparentemente
bom, como oferta a Deus e não foi aceito, porque não era o que Deus
havia determinado. Ele desejou se justificar por sua própria escolha e
méritos. Ainda hoje - e mais do que nunca -, esta triste e errônea
concepção se manifesta e é realidade.
As concepções pagãs acerca da liberdade, da moralidade e da justiça estão impregnando as igrejas cristãs, parecendo que estas qualidades, quando manifestas numa pessoa, tornam-na apta para o Céu. Mas não é assim. Apenas a escolha consciente e a firme decisão de andar com Jesus e aceitar o Seu sacrifício, é que torna a pessoa uma cidadã do reino de Deus. Olhar para a cruz de Cristo como os israelitas foram ensinados a olhar para a serpente de metal no deserto é que é o antídoto para a picada da serpente, o veneno do pecado (João 3:14; Números 21:4-9).
Apenas o novo nascimento, como Jesus ensinou a Nicodemos, é que dá o direito ao reino de Deus. As boas obras, a caridade e o afastamento do mal devem ser a consequência da salvação e não a sua causa. A maior parte das pessoas está enganada quando, julgando-se moralmente justas, não buscam a verdadeira justiça, que é aquela que vem pela fé.
Existem dois mundos e duas portas a escolher: O reino de Deus ou este reino terrestre; a porta estreita ou a porta larga. Não existe meio-termo. Jesus disse claramente ser Ele o único caminho e que ninguém poderá ir ao Pai a não ser por Ele, que afirmou: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me (Mateus 16:24).
Nas cartas que Jesus enviou às sete igrejas da Ásia, simbólicas dos períodos que abrangem desde os dias em que Ele esteve na Terra até ao dia de Sua volta, Ele identificou os principais acontecimentos que iriam marcar a trajetória de Seu povo nesses dois milênios.
A terrível apostasia que começou a grassar ainda nos
dias apostólicos e teve o seu clímax na primeira hegemonia papal foi
permitida por Deus para servir de testemunho, para todo o Universo, da
malignidade e perversidade do Grande Rebelde que foi expulso do Céu. O
recrudescimento desse poder nos derradeiros dias da história humana irá
confrontar os dois poderes envolvidos na grande controvérsia. Então
estará respondida a acusação formulada contra o governo de Deus pelo Pai
da mentira. Tudo foi resumidamente descrito nas cartas de Jesus, que
antecipou esses acontecimentos por meio dessas sete cartas.
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